Syo: presença no Shark Tank leva empreendedora a intensificar luta pelo sucesso da marca

Concorreu à primeira edição do Shark Tank. Mas não conseguiu apoio dos tubarões. Mesmo assim, Sylvie Castro, fundadora da marca de jóias Syo não desistiu do projeto. Apesar do lento crescimento, a empreendedora não se deixou abalar pelo "não" dos tubarões nem pelo fato das câmaras não a terem ajudado a projetar, de forma mais rápida, a marca. A luta diária por levar ao mundo as jóias de filigrana continua de forma bem firme.
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Foi em busca de ajuda para internacionalizar a marca que Sylvie Castro, fundadora da marca de jóias em filigrana Syo, concorreu à primeira edição do programa Shark Tank. Apresentou o projeto que criou, de forma oficial, em Novembro de 2012. Mas nenhum dos tubarões investiu. De lá veio apenas com uma venda feita a Tim Vieira. O tubarão decidiu comprar-lhe o medalhão "Descobrimentos". Nem mesmo a presença na televisão serviu de impulso para a marca. Mesmo assim a mentora não desistiu. "Criei a marca e as peças com um objetivo e vou levá-lo até ao fim!", disse em entrevista ao VerPortugal, Sylvie Castro.

"Continuo a trabalhar de forma árdua para levar a Syo aos quatro cantos do mundo. Mas cada vez sinto mais dificuldades talvez por ser muito teimosa e querer que cada peça seja minuciosamente artesanal, muito perfeita. Estou convencida de que a filigrana deve ser trabalhada da forma como faço e, por isso, não quero mudar a postura apesar de saber que se industrializasse um pouco o processo de fabrico poderia ter outro tipo de resultados", acrescenta a empreendedora.

Quando Sylvie ouviu um não de todos os tubarões, depois destes terem "ficado agradados com o produto", o desanimo chegou a 'bater-lhe à porta'. No entanto, "acredito no meu potencial e no potencial da minha marca e vou continuar a lutar de forma árdua até conseguir os meus objetivos", disse a mentora do projeto ao VerPortugal dando nota de que ainda não pode viver só do que a marca dá porque "as vendas não são muitas".

No sentido de fazer crescer, devagar mas de forma sustentada, a marca Sylvie traçou um plano. "Em lugar de querer estar presente em todas as feiras da área da joalharia, escolho a cada ano uma ou duas de acordo com o público a que pretendo chegar" - explica a empreendedora mostrando-se convencida de que "ser seletiva e trabalhar com perfeição e qualidade" serão as chaves do sucesso.

Nascida em França (Paris) 1982, Sylvie veio para Portugal aos sete anos. Nessa idade já nutria uma paixão pelo desenho. Ainda na escola primária já se destacava dos seus colegas no desenho, mais tarde o talento foi-lhe reconhecido por professores e família.

A empreendedora licenciou-se em Design de Equipamento e, seduzida pelas jóias, decidiu criar a sua marca, a Syo (Sylvie Castro). Uma marca composta por cinco linhas – Fado, Descobrimentos (apadrinhada pela fadista Carminho), Xaile, Egipto e Conquistador.

A professora de Educação Visual, inspira-se sempre em episódios da História de Portugal para criar as suas peças. Uma inspiração assimilada pelos artesãos que dão vida aos desenhos de Sylvie Castro. As peças acabam por ficar tal e qual como a artista as sonhou. Depois, são colocadas à venda e algumas delas já passaram as fronteiras. "Mas nada que ainda dê para me sustentar. Em alturas de festa como o Natal, é possível vender-se algumas edições limitadas. O dinheiro que daí faço é para investir na marca" - acrescenta a empreendedora que só quer que as suas peças, que sonha um dia poder vê-las nas estrelas de Hollywood, tenham vida a partir da prata e do ouro.

Leia também: http://www.verportugal.net/Lisboa/Lisboa/Entrevistas/Syo-a-marca-de-joias-que-retrata-Portugal-nos-descobrimentos-fado-e-xailes=006087

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