Paladin leva temperos portugueses além-fronteiras e instala fábrica em Angola

Vontade de temperar Portugal, vocação de ser mundial. Assim se apresenta a Paladin, nome que não deixa qualquer português indiferente. Marca registada da Mendes Gonçalves, uma empresa familiar fundada na vila da Golegã, a Paladin foi relançada em 2013, e apostou num processo de internacionalização que conduziu a marca aos quatro cantos do mundo. Chegou a vez de Angola.
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O primeiro passo está dado com a construção de uma fábrica em Angola. Esta nova fábrica pretende reforçar o ADN da marca. Uma marca portuguesa para o Mundo de que os portugueses se possam orgulhar. Este é mais um desafio inerente ao nosso processo de internacionalização”, refere Carlos Gonçalves, administrador da Mendes Gonçalves, em comunicado remetido ao VerAngola.

A nova fábrica fica situada em Viana, nos arredores de Luanda, Angola, e começou a laborar no início de Junho, empregando no seu arranque mais de 20 trabalhadores. Numa primeira fase, a produção será dedicada aos vinagres. “Trata-se de um investimento em contra ciclo, dada a situação actual de Angola, mas está em linha com o facto de prepararmos o futuro a médio-longo prazo. E como acreditamos no futuro de Angola, não hesitámos em avançar”, refere Carlos Gonçalves.

Para João Pilão, director de internacionalização, “este investimento foi muito ponderado e enquadra-se na estratégia de acompanhar mercados com elevado potencial de crescimento, por oposição aos mercados tradicionais ocidentais que apresentam crescimentos nulos ou mesmo quebras de consumo”.

A estratégia da Mendes Gonçalves para a internacionalização da Paladin tem privilegiado os países do Magreb e do médio oriente e está agora a entrar pelos países de África com maior potencial, como o Senegal ou a Nigéria. “Nós já estávamos em Angola, mas sentimos a necessidade de melhorar a nossa capacidade de resposta e competitividade à crescente procura dos consumidores angolanos pelos nossos produtos”, salienta João Pilão.

O investimento da Mendes Gonçalves nesta fábrica em Angola ultrapassa os três milhões de dólares, sendo que a unidade foi equipada com tecnologia portuguesa para responder às exigências das normas se opera no país. Além disso, refere Carlos Gonçalves, “esta fábrica vai permitir-nos, a médio prazo, desenvolvermos produtos específicos para aquele mercado, que resultem de I&D feito em parceria com as nossas equipas locais”.

“Há quem olhe para Angola apenas como uma alternativa à quebra da procura nacional. Mas, para nós, Angola é um investimento de longo prazo, porque queremos, a partir dali, desenvolver novos mercados e conquistar novos consumidores”, acrescenta Carlos Gonçalves.

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