“Lusíadas” inspiram nova imagem dos vinhos da Quinta do Portal

O imenso e monumental Douro é único e imutável. Mas o que sai deste exagero da Natureza, como lhe chamou Torga, vai acompanhando o correr do tempo, actualizando-se e modernizando-se, sem renegar uma história milenar. Ao fim de vinte e duas colheitas rotuladas com a mesma imagem, a Quinta do Portal decidiu renovar a imagem dos seus vinhos, indo beber a inspiração à mais fantástica epopeia que a língua portuguesa nos ofereceu, “Os Lusíadas”, de Luís Vaz de Camões.
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Acompanhando a pena do poeta, venceu-se o Adamastor, dobrou-se o Cabo da Boa Esperança e criou-se uma roupagem mais contemporânea, com o objectivo claro de ir ao encontro das preferências dos consumidores actuais, sobretudo a chamada geração ‘milennial’, exigente com o produto no seu todo. Enquanto marca de referência no sector vinícola nacional, a Quinta do Portal entendeu procurar novos mundos, acompanhada pelos Deuses do Olimpo, e revolucionar a sua apresentação no mercado, uma mudança que foi além da questão gráfica, estendendo-se também ao formato de algumas das garrafas utilizadas.

Colhendo inspiração junto das Tágides do poeta, procurou-se encontrar uma nova embalagem, que não deslustre as ninfas do Douro. "Neste rebranding abandonámos a garrafa personalizada e passamos a engarrafar o Reserva, Grande Reserva e os vinhos varietais em garrafa borgonha”, revela Pedro Branco, um dos administradores da Sociedade Quinta do Portal, justificando esta opção com o facto de as anteriores, não obstante funcionassem individualmente, perdiam visibilidade nos pontos de exposição.

Por detrás da mudança de imagem está um conceito de persuadir o consumidor emocionalmente, sabendo-se que estes se fidelizam cada vez a uma marca por detalhes. Como uma Ilha dos Amores em que o deleite e o prazer são a recompensa final.

Há alguns anos que a Quinta do Portal tem vindo a lançar referências de vinhos especialmente direccionadas para um público jovem, que está mais predisposto a testar produtos diferenciados. "As alterações introduzidas pretendem atingir um público mais jovem, sobretudo millenials, que já consomem mais que os Baby Boomers, e que são também mais atentos à imagem e ao que está por trás dela”, sustenta Pedro Branco, acrescentando que "hoje as pessoas gostam de saber a história de cada vinho, das pessoas que o fazem, das origens mais remotas, porque o perfil de consumidor é hoje mais exigente e conhecedor”.

Neste momento, a nova imagem já está plasmada nas novas colheitas dos brancos e rosés de 2016, no Reserva 2014, Grande Reserva 2014 e o Tinta Barroca de 2015, uma novidade da equipa de enologia chefiada por Paulo Coutinho. Os vinhos da Quinta do Portal não sofrem qualquer alteração no seu perfil, continuando a ter bem vincado o ADN e o carácter do Douro em todas as suas referências.

Sediada em Celeirós do Douro, Sabrosa, a Quinta do Portal dedica-se ao conceito boutique winery e, até há pouco tempo, especialmente à produção de vinhos DOC Douro, vinhos do Porto de categorias especiais e moscatéis. Na porta de entrada do Alto Douro Vinhateiro Património Mundial da Humanidade da Unesco, conta ainda com uma vertente enoturística assente em duas unidades de turismo rural, num armazém de envelhecimento de vinhos desenhado pelo arquitecto Siza Vieira e num distinto restaurante que têm merecido vários prémios. Os galardões conquistados a nível nacional e internacional pelos seus vinhos têm conferido à Quinta do Portal uma marca de qualidade e distinção.

 

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