Mishmash: infância inspira na criação de cadernos minimalistas

Passou a maior parte da infância na papelaria do avô mas não se tornou comerciante. Beatriz Barros, uma jovem empreendedora de Matosinhos, frequentou o curso de Design e, já depois de ter o seu próprio estúdio, juntou-se a um colega formado em Gestão de Marketing para lançar uma marca de material de escritório minimalista. O projeto, que ainda está em fase embrionária, é inspirado nas papelarias antigas. Para vingar, os mentores lançaram uma campanha de crowdfunding no Kickstarter.
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Chama-se Mishmash e pretende ser é uma marca de material de escritório que surge da inspiração da sua fundadora, Beatriz Barros, que passou a infância rodeada pelo cheiro a papel da antiga papelaria do seu avô. A partir de uma antiga história de amor desde as antigas resmas de papel aos envelopes vintage, a Mishmash quer mudar o mundo do material de escritório, oferecendo aos entusiastas de design os produtos únicos que sempre procuraram.

Tal como outra criança, Beatriz também frequentou a escola e até ingressou na Universidade, no curso de Design. Após anos de conhecimento e pesquisa acumulados no campo do design editorial, a jovem empreendedora que até já tinha criado, em conjunto com amigos, o seu estúdio de Design, decidiu criar a Mishmash com um amigo formado em Gestão de Marketing.
 
A designer de 23 anos e o amigo, Ricardo Barbosa, da mesma idade, pretendem que "a marca preencha uma falha na exploração de conceitos relacionados com o mundo do estacionário. Inovação sem limites num mercado acomodado, sempre à procura de despertar a criatividade existente dentro de todas as mentes". A mishmash - referem os mentores - quer ser uma marca de referência em material de escritório, tendo como base produtos disruptivos que se encontrem um passo à frente do mercado, combatendo assim as barreiras do design editorial através do desenho de produtos onde todas as definições e constrangimentos são confrontados.
 
A marca encontra-se neste momento no Kickstarter com o propósito de conquistar os seus primeiros clientes e partilhar a sua visão com o mundo. Assim que a campanha de 30 dias no Kickstarter esteja terminada, o website www.mishmash.pt será desbloqueado e ficará disponível em modo de pre-order. "A primeira produção ainda não foi feita. O que existe são alguns protótipos para oferecer a quem participar na campanha" - explica Beatriz Barros dando nota de que os 10 mil euros que precisam de angariar para dar andamento ao projeto já foram investidos na criação da marca, da empresa, dos protótipos, etc. "Não estamos a pedir apoio por pedir. Pedimos apenas porque precisamos e queremos muito que a marca entre no mercado" - refere Beatriz Barros.
 
Da família Mishmash fazem parte vários cadernos de modelos diferentes. Todos os protótipos existentes são fabricados em Portugal e em conjunto com uma empresa de encadernação, do Porto, com mais de um século de existência. Todos os cadernos (primeiro produto da Mishmash) são fabricados com “papéis premium”.
 
O caderno Mishmash é o produto de referência da marca, com folhas de diferentes texturas, cores e peso, voltado “para pessoas versáteis”. Aqui os cadernos têm muita cor mas ao mesmo tempo são simples. "Ficam bem em todos os locais e a qualquer tipo de pessoa" - explica a mentora do projeto dando nota de que o objetivo é que, um dia mais tarde, a marca venda outros tipos de produtos como mobiliário de escritório. 
 
Entre os diferentes modelos, há um modelo com separadores — semelhantes àqueles usados dos dossiers — e folhas quadriculadas, de linhas e lisas e outro com três tamanhos diferentes de papel. “I am leaning” é um caderno pensado para quem prefere inclinar a folha quando escreve e, por isso, as linhas têm uma inclinação de 30 graus.

A campanha de crowdfunding no Kickstarter vai decorrer até 4 de Setembro. Até lá Beatriz e Ricardo esperam conseguir angariar 10 mil euros através da venda dos cadernos (o mais simples começa nos 7 euros). Em Novembro, a Mishmash vai bater à porta dos clientes com as encomendas prontas. "Mas toda a ajuda é necessária. Mesmo que nos deêm um euro, já agradecemos" - concluí

 

 

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