"Mundus Vini" distingue vinhos da Quinta da Pacheca

"Pacheca Lagar nº1 2014"; "Pacheca Vale Abraão 2014" e o "Pacheca Superior Branco 2016" acabam de ser distinguidos com, respectivamente, duas medalhas de ouro e uma de prata, naquele que é um dos mais importantes concursos internacionais, o "Mundus Vini 2017".
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Para além das medalhas, os néctares da Pacheca mereceram também rasgados elogios por parte do experiente painel de provadores deste certame, que este ano teve lugar em Nuestadt, na Alemanha.

Arrecadaram assim o tão desejado ouro o "Pacheca Lagar nº1 2014" e o "Pacheca Vale Abraão 2014", tendo o Pacheca Superior Branco 2016 sido distinguido com uma medalha de prata. Para Maria do Céu Gonçalves e Paulo Pereira, proprietários da Quinta da Pacheca consideram que "estas distinções representam a confirmação de que estamos no bom caminho. Um caminho feito com muito trabalho e empenho por parte de todas as equipas, designadamente a de enologia, liderada por Maria Serpa Pimentel”.

Na vindima de 2014 o primeiro lagar a ser cheio foi o Lagar nº 1, que desde cedo se mostrou de muito boa qualidade. As uvas de Touriga Franca e Touriga Nacional, provenientes da Quinta da Pacheca e de vinhas de Vila Nova de Foz-Côa com cerca de 40 anos de idade, chegaram num estado de sanidade impecável. A fermentação ocorreu sem sobressaltos, lentamente, com a temperatura sempre baixa, e a cor que se ia extraindo, à medida que o lagar era trabalhado, era de uma intensidade e profundidade imensa. Com 14 por cento de teor alcoólico, este vinho estagiou em barricas novas de carvalho francês durante dezoito meses, apresentando uma cor rubi profunda. O aroma revela-se muito frutado, com notas evidentes de fruta preta madura, como amoras e ameixas, acompanhadas com notas de chocolate proveniente da barrica. Na boca é complexo, com uma acidez que lhe imprime frescura, com taninos marcados, mas polidos, e final longo e persistente.

Vale de Abraão é um nome que ficou para sempre imortalizado pelas palavras de Agustina Bessa-Luís e pelas deslumbrantes imagens de Manoel de Oliveira, transformando-se num ícone de um certo Douro que a Quinta da Pacheca recuperou num vinho de eleição. O ‘Pacheca Vale de Abraão Colheita Seleccionada 2014’ é um vinho obtido a partir de uvas das castas Touriga Franca e Touriga Nacional, oriundas da Quinta de Vale de Abraão, de vinhas do Vale do Rio Pinhão e do Vale da Vilariça. Com um teor alcoólico de 14%, apresenta cor violeta profunda, de aroma muito frutado, com notas evidentes de fruta preta madura, como mirtilo e groselha preta, sendo ao mesmo tempo fresco com notas florais. Na boca é concentrado, com taninos presentes, notas de chocolate e frescura implícita. O final é longo e muito persistente. Este é um vinho de excelência que é, ao mesmo tempo, uma viagem por uma das mais belas histórias do Douro.

O ano vitícola de 2016 caracterizou-se por uma elevada atipicidade em termos climáticos, com um Inverno quente e chuvoso, Primavera fria e extremamente chuvosa e Verão extremamente quente e seco. Foi nestas condições que surgiu o Pacheca Superior Branco 2016, um vinho obtido a partir de uvas colhidas em parcelas de vinha instaladas a 300 e 500 metros de altitude, que fermentaram e estagiaram parcialmente em barricas de segundo ano de carvalho francês. Com um teor alcoólico de 12,5 por cento, é um vinho com um aroma complexo de fruta branca, bem integrada com as notas de madeira. Na boca é bem equilibrado, com boa densidade e final persistente.

Resta referir que o concurso "Mundus Vini" é considerado a maior “prova cega” a nível mundial. Os provadores não fazem ideia qual o vinho que estão a provar, pelo que o julgamento é feito sem condicionalismos de qualquer espécie, conferindo assim maior autenticidade aos resultados.

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