Tate Modern reveste-se a cortiça numa instalação dos Superflex

Os visitantes da “Hyundai Commission: SUPERFLEX: One, Two, Three Swing!” vão caminhar sobre uma colossal aplicação de cortiça, parte integrante da instalação apresentada na Tate Modern, uma das mais conceituadas instituições de arte contemporânea do mundo situada no Reino Unido. Nesta instalação, que decorre até 2 de abril, foram aplicados cerca de cinco mil metros quadrados de um inovador compósito de cortiça, que reveste o solo da Turbine Hall, o icónico espaço da Tate destinado a projetos de grandes dimensões.
Ben Phillips: Superflex, Tate ModernBen Phillips Photography+44 (0)7785 721740,  mail@bphillips.co.uk, www.bphillips.co.uk
Superflex, Tate ModernBen Phillips Photography+44 (0)7785 721740, mail@bphillips.co.uk, www.bphillips.co.uk   Ben Phillips

Esta é a maior instalação com cortiça a ser apresentada no Reino Unido, um trabalho liderado pelos SUPERFLEX, um coletivo dinamarquês internacionalmente reconhecido pelos seus interesses em torno dos espaços urbanos e da forma como, através da arte, interpelam a autenticidade da sociedade.

A seleção da cortiça para a terceira edição da Hyundai Commission, que este ano se assume como um espaço de experimentação e de lazer, foi intermediada pela KWY, uma plataforma multidisciplinar de investigação que junta arquitetos, curadores e criativos diversos na conceção e apoio ao desenvolvimento e implementação de projeto.

O desafio lançado à Corticeira Amorim despoletou o desenvolvimento de um novo compósito de cortiça que, ao contrário de outros materiais previamente testados, conseguiu responder a requisitos específicos e muito exigentes em termos de absorção de impactos de grande amplitude [prevendo quedas de dois a três metros de altura] e de resistência ao desgaste [na edição do ano passado o Turbine Hall recebeu cerca de três milhões de visitantes].

António Rios de Amorim, presidente e CEO da Corticeira Amorim, destaca que “a motivação das equipas de I&D da empresa e o know-how em torno do material foram determinantes para que fosse possível dar uma resposta atempada, que passou pelo desenvolvimento de uma nova tipologia de cortiça". E acrescenta que "depois do Serpentine Gallery Pavilion e do Victoria & Albert Museum, é para nós um motivo de orgulho, vermos, mais uma vez, a cortiça ser o principal material de um grande evento cultural no Reino Unido, desta vez no palco da Tate Modern".

O novo compósito de cortiça combina, de uma forma inédita, grânulos de cor natural e expandidos e, além das mais-valias supra mencionadas, foi concebido respeitando outros requisitos do projeto, nomeadamente em termos de estabilidade dimensional e de resistência à água e ao sol. É que, além de se estender ao longo de todo o espaço do Turbine Hall, a cortiça aparece também no exterior da Tate Modern, tendo também sido selecionada para o assento dos baloiços, um elemento marcante deste conceito expositivo apresentado pelos SUPERFLEX.

Desde a abertura da Tate Modern, em 2000, que o Turbine Hall recebe algumas das obras de arte contemporânea mais memoráveis e aclamadas do mundo, atingindo uma audiência de milhões de visitantes. A forma como os artistas interpretaram esse vasto espaço industrial revolucionou as perceções públicas da arte contemporânea no século XXI.

É neste contexto único que a cortiça é apresentada, em mais uma edição das aclamadas Hyundai Commissions, sucedendo a projetos arquitetónicos tão icónicos como o Serpentine Gallery Pavilion, da conceitada dupla de arquitetos Herozg & de Meuron e do artista plástico Ai Weiwei. Ainda num contexto geográfico do Reino Unido, têm sido muitos os talentos criativos mundiais que, em parceria com Corticeira Amorim, têm trabalhado com cortiça, de que são exemplo Jasper Morrison e Amanda Levete, afirmando-a como um material de excelência mundial para as áreas de arquitetura e do design de interiores. 

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