Prémio mundial de arquitetura atribuído a atelier nacional

O Centro Pastoral de Moscavide, da autoria do atelier Plano Humano Arquitetos, e que conta com a assinatura dos arquitetos Helena Vieira e Pedro Ferreira, sagrou-se vencedor na categoria de Design Arquitetónic / Arquitetura institucional, no “The American Architecture Prize”, de 2017, um dos mais credenciados prémios de arquitetura do mundo.
Joao Morgado:
    Joao Morgado

Este prémio, cuja cerimónia de entrega decorrerá em Nova Iorque, Estados Unidos da América, dia 27, avalia projetos no âmbito de arquitetura, design de interiores e arquitetura paisagística, com o objetivo devalorizar a arquitetura mundialmente, tendo como critérios base a excelência em design, inovação e função. Os prémios são avaliados por um júri eclético que reúne alguns dos mais importantes da área, como PhilipStevens, editor do conceituado site designboom, Troy Therrien curador de arquitetura do Guggenheim Foundation and Museum, e os conceituados  arquitetos WillAllsop, Sam Jacob ou Joshua JihPan.

Em estreita proximidade com a Igreja de Santo António de Moscavide, edifício em vias de classificação enquanto imóvel de interesse nacional, o Centro Pastoral de Moscavide apresenta um volume extremamente simples, alinhando a forma algo monolítica da igreja com pormenores de atualidade, nomeadamente quanto à materialidade, à volumetria dos espaços e ao encontro do edifício com a luz natural, uma constante procura durante todo o projeto.

"O resultado final é um edifício de linhas simples, depuradas e leves, autêntico e quase rude em termos de materialidade, que aliado ao trabalho volumétrico dos espaços e aos jogos de luz, natural e artificial, resulta num edifício gráfico, que nos transporta para uma atmosfera etérea, litúrgica e iconográfica”, salienta Pedro Ferreira, um dos arquitetos responsáveis pelo projeto.

Plano Humano Arquitectos é um atelier de arquitetura fundado em 2008, pela dupla de arquitetos Helena Vieira e Pedro Ferreira, e está sediado em Lisboa, detendo atividade de norte a sul de Portugal, e também em Angola.

A materialidade é desde sempre uma das mais marcadas características da sua prática profissional, que continuadamente procura e explora novos materiais, técnicas e sistemas, no intuito de caracterizar os edifícios e os espaços, e aliá-los à vanguarda das novas técnicas e tecnologias. 

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