Parceria da ESAN com a Auto Ribeiro simplifica montagem do interior de ambulâncias

Quatro peças fundamentais em plástico passaram a servir de base ao interior de uma das tipologias de ambulâncias preparadas na AR - Auto Ribeiro, em resultado de uma parceria com a Escola Superior Aveiro Norte (ESAN) da Universidade de Aveiro. O que antes era, fundamentalmente, trabalho de carpintaria, passou ser mais rápido, menos dispendioso, não deixando de poder ser ajustado às necessidades do cliente. O projeto, intitulado ARBox, foi financiado pelo QREN.
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Como seria possível montar o interior de uma ambulância, de modo mais rápido, menos dispendioso, segundo as diferentes tipologias, não deixando de responder à exigente regulamentação e às especificidades do cliente? Foi para responder a esta pergunta que surgiu o projeto ARBox, uma parceria entre a Auto Ribeiro - o maior adaptador de veículos para prestação de cuidados de saúde, transporte de doentes e transporte de valores -, a ESAN e o INEM.

O projeto, desenvolvido entre 2014 e 2015, foi considerado exemplar pelos avaliadores, dado que foi traduzido em resultados práticos visíveis, em outputs científicos divulgados em publicações técnicas da área, e fundado numa parceria que envolveu um promotor líder (Auto Ribeiro), um copromotor do sistema científico nacional (ESAN) e ainda um parceiro institucional (INEM).

Os resultados são mais visíveis na tipologia de ambulância A1, um furgão pequeno. NA ESAN foi desenvolvido um protótipo, com acompanhamento do fabrico de moldes que, depois de crash tests em França, foi homologado. Para outras tipologias, sobretudo A2 (transporte múltiplo) e C (cuidados intensivos), foram desenvolvidos projetos específicos e de pormenor. Foi ainda estudada e prototipada uma box de emergência, solução nova e modular, de célula sanitária que poderia ser montada sobre um veículo transformado, mas, até agora, com aplicação pontual à realidade portuguesa.

A solução desenvolvida para veículos tipo A1 passa por quatro peças básicas, três laterais e teto, que poderão receber adaptações de acordo com as funcionalidades requeridas pelo cliente. "A customização, adaptação às necessidades específicas de cada cliente, é aqui um fator chave de que a empresa não queria abrir mão”, explica Martinho Oliveira, diretor da ESAN e membro da equipa de investigadores do projeto que evolveu ainda José Augusto Coelho, António Gomes e André Quintã. Engenharia Mecânica, Sistemas de Informação, Design e Produto foram as vertentes representadas na equipa multidisciplinar.

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