Famalicão: o tigre económico das exportações em Portugal

“Vila Nova de Famalicão é o tigre económico das exportações em Portugal”. O autor desta classificação é o Embaixador de Itália em Portugal, Renato Varriale, que visitou Vila Nova de Famalicão a convite do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Luís Campos Ferreira. Paulo Cunha agradeceu as palavras de Renato Varriale e assumiu a ambição de reforçar a condição de terceiro concelho mais exportador do país, continuando a ganhar novos mercados, produzindo e exportando cada vez mais, o que significa que irá gerar mais emprego e mais riqueza no território famalicense.
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O diplomata foi recebido nos Paços do Concelho pelo Presidente da Câmara Municipal numa jornada que incluiu visitas às empresas famalicenses Cup & Saucer e Vieira de Castro, líderes mundiais na produção de chávenas e bolachas, respectivamente, e um jantar com cerca de cinco dezenas de representantes do tecido empresarial.

Renato Varriale disse ter ficado “surpreendido com a magnífica organização que encontrou” nestas empresas e com a “boa-disposição” dos seus colaboradores, “um sinal de que as pessoas estão bem e as empresas também”.

O embaixador italiano enalteceu por isso a realidade económica do concelho famalicense e adiantou que o passo seguinte a esta deslocação passa por fortalecer as relações comerciais entre os dois países, apoiando os empresários famalicenses a internacionalizar os seus negócios para Itália, a quarta economia mais forte da Europa, e vice-versa. “O papel de um embaixador é o de bandeirante, ou seja, abre o caminho, neste caso para ajudar os empresários nesse sentido”, declarou.  

Porquê a escolha de Vila Nova de Famalicão para um roteiro de diplomacia económica, mas também municipal e cultural? O Secretário de Estado, dinamizador do Programa “Embaixadorias”, com o qual tem vindo a visitar diversas regiões nacionais, sobretudo para promover as exportações e a internacionalização das empresas portuguesas, é elucidativo: “Famalicão é uma das melhores provas que Portugal tem para apresentar ao mundo do que são hoje as suas competências modernas para penetrar em mercados competitivos como é o caso do italiano”.

 Luís Campos Ferreira aludiu ao facto de Famalicão ser o concelho mais exportador de Portugal, fruto da sua capacidade empreendedora, atrás de Lisboa e Palmela, onde estão instaladas, por exemplo, a Galp e a Autoeuropa. “O que demonstra bem a força exportadora que Famalicão tem”, sublinhou, vincando que se trata de uma exportação que alia o saber-fazer industrial, nomeadamente no sector têxtil, à inovação, ao dinamismo e à criatividade na cadeia de valor.

Fazer diplomacia cá dentro para vender para o exterior é como o governante descreve o Programa “Embaixadorias”. Roteiros em que se faz acompanhar por embaixadores acreditados em Lisboa e pelos autarcas das localidades respectivas. “Estamos por isso a falar também de diplomacia de proximidade onde mostramos o chão deste país que está a crescer economicamente e é mais credível no mundo. Espero que depois desta visita o senhor embaixador de Itália em Portugal seja também embaixador de Famalicão em Itália”, assinalou.

 Câmara de Famalicão ao serviço das empresas

 Paulo Cunha agradeceu a Renato Varriale as palavras de elogio em relação a Famalicão e felicitou o Governo pela iniciativa “Embaixadorias”, manifestando a propósito que a Europa continuará a ser o mercado privilegiado de Portugal para as relações comerciais. “Não temos fronteiras num universo de cerca de 500 milhões de habitantes”, notou.

 O autarca reafirmou também o compromisso de que a Câmara Municipal de Famalicão continuará a colocar “a sua força institucional, o conjunto das suas competências e a sua relação com outros actores à escala nacional e internacional ao serviço das empresas, dos empreendedores e dos seus concidadãos”, para apoiar as empresas e fomentar também a sua internacionalização.

A orientação municipal está agora focada em três factores: o aumento da capacidade industrial no território (o novo PDM em fase de discussão pública prevê aumento da instalação industrial em 51%), a melhoria das acessibilidades através de um plano de renovação  da rede viária municipal e a captação de novos investimentos, associada à fixação de pessoas, assente também naquilo a que Paulo Cunha chama de “migração de projetos nacionais e internacionais” para o concelho. 

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