“World Generation Project” quer pôr o Douro e outros Patrimónios da Humanidade a trabalhar em rede

Cooperação e dinamização são palavras-chave do “World Generation Project”, um projecto-piloto que nasce no Douro para desenvolver dinâmicas de preservação, valorização e promoção de sítios classificados pela UNESCO como Patrimónios da Humanidade. Promovido pela Douro Generation – Associação de Desenvolvimento e pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o “World Generation Project” nasce com o intuito de potenciar o desenvolvimento dos sítios classificados como Patrimónios da Humanidade.
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“A nossa ideia é pôr vários bens culturais, a nível mundial, em contacto. O Alto Douro Vinhateiro pode estabelecer-se em rede com outras regiões vinhateiras do mundo e também quisemos estabelecer laços de cooperação com outros Sítios Património da Humanidade que são expressão da cultura portuguesa”, afirmou o presidente da Douro Generation, António Martinho, na conferência de imprensa desta segunda-feira, 23.

Ao abrigo da candidatura “DouroValor”, apoiada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, o “World Generation Project” ambiciona implementar uma rede de cooperação entre Portugal, Áustria, Espanha, França, Hungria, Itália e Suíça, no continente europeu, e com outros países como Brasil, Cabo Verde, China, Filipinas, Índia e Moçambique.

A organização dos Encontros de Reflexão sobre o Douro – Uma Iniciativa pelo Património e pelo Desenvolvimento é a primeira iniciativa do “World Generation Project”. Entre 28 de março e 25 de abril, o Morgadio da Calçada [em Provesende] abre as portas para acolher estes quatro Encontros entre especialistas, atores locais, entidades institucionais e ainda personalidades externas à região.

“O espírito dos Encontros é, sobretudo, debater o Douro no Douro, de uma forma muito informal, juntando cerca de 25 a 30 pessoas em cada Encontro. É tentar gerar uma consciência mais alargada dos desafios do Douro, dos problemas, dos progressos, dos projectos necessários, porque ao aproximar as pessoas gera-se mais capacidade de trabalho e criam-se sinergias”, avançou o vice-reitor para o Planeamento, Estratégia e Organização da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Artur Cristóvão.

“O Douro em Mudança” (28 de Março), “Patrimónios e Recursos Durienses” (11 de Abril), “O Douro e o Turismo” (18 de Abril) e “As Políticas e as Instituições no Douro” (25 de abril) serão as temáticas em discussão nos Encontros de Reflexão sobre o Douro – Uma Iniciativa pelo Património e pelo Desenvolvimento.

Esta iniciativa é uma reedição de “O Douro em debate – Encontros na Casa da Calçada”, que se realizou entre 1998 e 1999. Esse ciclo de 17 encontros envolveu cerca de 500 pessoas e redundou em ideias que acabariam por se materializar no Douro, nomeadamente a Rede de Aldeias Vinhateiras, a constituição da Estrutura de Missão do Douro, o aparecimento da Escola de Hotelaria e Turismo do Douro-Lamego, a candidatura do Douro a Património da Humanidade e a instituição do Prémio de Arquitetura do Douro.

A UTAD e a Douro Generation – Associação de Desenvolvimento quiseram recuperar esses Encontros com o intuito de debater, cruzar experiências, apontar caminhos e diagnosticar a realidade e os desafios que o Douro enfrenta.

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