Mariza: “Sinto-me muito acarinhada em Angola. É um país de gente maravilhosa e calorosa”

Assume-se como “cantadeira de fados”, mas a crítica internacional prefere “diva da música do mundo”. O seu Fado já ecoou em palcos como o Carnegie Hall, em Nova Iorque, ou a Ópera de Sidney. África está-lhe no sangue e diz que o regresso às origens é sempre “um momento especial”.
:
  

Nos próximos dias 18 e 19 de Abril, o Epic Sana Luanda acolhe dois espectáculos intitulados “Mariza Irrepetível”, que se antecipam um encontro emotivo, onde a cantora espera retribuir com a sua música todo o carinho com que Angola e o povo angolano sempre a receberam.

Mariza, o que é que espera deste regresso a Angola? O que é que a fez querer voltar a cantar em África?

Tenho as minhas raízes em África, pelo que é sempre um momento especial e um prazer imenso voltar cá. É um privilégio reviver as amizades, conversar com as pessoas e deixar-me embalar pelas emoções que elas me trazem.

O que é que vamos poder ouvir nos próximos dias 18 e 19 no famoso Epic Sana Luanda Hotel? Algumas músicas do seu “Best Of” ou também temas de outros álbuns?

Vamos poder ouvir de tudo um pouco. O “Best Of” foi editado há precisamente um ano e, com toda a certeza, quem assistir ao espectáculo ouvirá muitas das canções presentes neste álbum.

O Fado é um género muito querido pela maioria dos angolanos. E o seu repertório, embora permaneça firmemente ancorado no Fado clássico e contemporâneo, expandiu-se para incluir mornas cabo-verdianas ou clássicos do rhythm&blues. Acha que os angolanos gostam e estão a par destas novas tendências?

Os angolanos têm um gosto muito variado e são, por regra, receptivos a estilos musicais muito diferentes, o que me parece um óptimo princípio. Amantes da música como são querem estar sempre a par das tendências que percorrem o mundo, o que é um sinal de maturidade.

Nota uma certa e especial “curiosidade” deste povo pelas vozes mais recentes do género?

Noto uma especial curiosidade um pouco por todo o mundo e não só deste povo. Felizmente, é uma tendência que tem vindo a acentuar-se. O fado, promovido à categoria de Património Imaterial da Humanidade, desperta cada vez mais interesse e paixão na alma e no coração de quem o ouve e sente.

Vai levar uma importante parte da cultura portuguesa a Angola. O que é que espera em retorno? Sente-se acarinhada quando visita o país?

Sinto-me muito acarinhada em Angola. Este é um país de gente maravilhosa e calorosa.

A música angolana está presente nas suas origens, e ocupou parte da sua infância. É seguidora atenta do que se passa em Angola em termos musicais? Algum artista favorito?

Sou seguidora de tudo o que se passa no mundo da música, inclusive em Angola. E tenho as minhas preferências, como é natural! Mas todos os artistas são importantes no seu estilo e tendência, e todos merecem o meu respeito e admiração.

Já pensou alguma vez em incorporar certas sonoridades da nossa música nos seus temas? Acha que seria uma experiência interessante?

Quem sabe, um dia…

Mariza em 2015. Do que é que vamos ouvir falar? Muitos concertos?

Novo disco no final do ano e claro muitos concertos.

 

Mais nesta secção

Mais Lidas