Páribá: psicóloga cria negócio que acaba com o vento na praia

A ideia surgiu no verão de 2014, durante uma tarde de sol na praia do Gincho. Uma tarde de sol com muito vento à mistura. Liliana Velho, uma jovem licenciada em psicologia, estava decidida a ficar na praia mas precisava de um pára-vento. Visitou algumas lojas para comprar um pára-vento mas nada a agradava. Decidiu, por isso, fazer o seu. Assim nasceu o Páribá, um negócio de produção de pára-ventos manuais que já são vendidos, na esmagadora maioria, para o estrangeiro.
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À primeira vista o negócio nada parece ter de diferente. Mas depois da explicação da empreendedora verificou-se que, afinal, um pára-vento Páribá "nada tem a ver com os que habitualmente se encontram à venda nas lojas".

Para falar deste negócio temos de recuar no tempo e voltar ao verão de 2014, ao dia em que Liliana decidiu ir ao Guincho para fazer uma tarde de praia. O dia estava fantástico e a praia poderia estar igual não fosse o vento que irritava os banhistas. Liliana Velho decidiu comprar um pára-vento mas nada do que viu nas lojas da zona a agradou. Por isso, decidiu construir o seu próprio corta-vento. Por brincadeira. Uma brincadeira que se transformou em negócio. No Páribá. "Decidi avançar com o projeto e criar pára-ventos com tecidos diferentes, sem ter tantas riscas. Mas acima de tudo, decidi criar um produto de qualidade que durasse alguns anos" - explica ao VerPortugal a mentora do projecto.

A diferença no Páribá não é só marcada pela qualidade dos tecidos usados, dos paus e da forma de confecão. O facto de ter incorporadas bolsas para arrumação de cremes, livros ou calçado também marca a diferença. Mas a maior inovação são as bolsas térmicas que permitem manter frescas as bebidas ou alguns alimentos" - explica a empreendedora.

Para além de tudo isto - acrescenta Liliana Velho - o Páribá - é feito à mão, forrado, podem ser lavados na máquina e até podem ser personalizados se esse for o desejo do cliente.

O negócio nasceu, então, no verão do ano passado, durante o qual foram vendidas cerca de 300 unidades. Vendas essas feitas em eventos na qual a marca está presente para divulgar o produto, ou então, via Facebook. Os preços oscilam entre os 59 (em eventos) e os 74 euros (online). "Um Páribá custa muito mais dinheiro do que os demais pára-ventos. Mas vale a pena ter um porque a qualidade é garantidamente superior" - acrescenta Liliana Velho que já consegue sobreviver do negócio para o qual trabalham seis costureiras e um carpinteiro. Apesar do projecto ter sido criado por si, a empreendedora conta com a colaboração de duas amigas, uma na área do Marketing e outra na área das Relações Públicas.

"O negócio está a crescer de forma sustentada. A prova são as encomendas que tem vindo a aumentar. A esmagadora maioria do produto vai para Cabo Verde" - explica Liliana Velho.

O investimento inicial para a criação do projeto não foi avultada. "Mas foi preciso muita dedicação em tudo. A escolha dos tecidos é feita de forma muito pormenorizada para que ao lavar não perca a cor. Os tecidos usados são sempre produzidos em Portugal" - explica

Por norma, na Páribá só são produzidos 20 exemplares de cada padrão de tecido. "Mas há uma excepção: o do tecido decorado com carrinhas pão-de-forma. Desses vamos produzindo mais porque tem sido o preferido dos clientes" - acrescenta.

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