Nova família de antidepressivos desenvolvidos em projeto europeu liderado pelo i3S

Desenvolver uma nova família de antidepressivos, com um alvo terapêutico diferente dos já existentes. É este o objetivo de um projeto europeu constituido por cientistas de quatro países e que é liderado por Portugal, mais concretamente pelo Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S).
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O consórcio internacional TACRODRUGS, cujo objetivo é desenvolver novos antidepressivos, é constituído por sete equipas de quatro países (Portugal, Espanha, Alemanha e Noruega) e vai receber aproximadamente dois milhões de euros no âmbito do sétimo concurso ERA-IB-2 (ERA-NET em Biotecnologia Industrial). A informação é avançada pela Universidade do Porto, através da página eletrónica.

Marta V. Mendes, investigadora do i3S que vai coordenar a equipa portuguesa, explica que "o objetivo desenvolver plataformas microbianas industriais para a produção de compostos de alto valor acrescentado para o setor farmacêutico. Basicamente, vamos trabalhar com um composto que já existe, e que é utilizado com outro fim, e modificar pequenas partes para criar assim um novo produto com outra aplicação", disse ao jornal da Universidade do Porto a cientista.

Os cientistas do i3S terão de otimizar a produção das próprias bactérias, para que assim seja possível produzir em maior quantidade e tornar esse composto rentável para a indústria farmacêutica. A equipa desta investigadora portuguesa vai desenvolver este trabalho através da utilização de técnicas de biologia sintética para a manipulação genética de bactérias produtoras de compostos naturais.

Na mesma notícia lê-se que apesar de não haver para já nenhuma empresa farmacêutica no TACRODRUGS, já várias manifestaram interesse nesta nova família de compostos.

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