“Porto Com Sentido”, uma exposição que é uma visita guiada pela Invicta

A Invicta por quem a conhece. Por quem a vê todos os dias e lhe chama casa ou por quem já lá passou e ameaça sempre voltar. Mais de 40 artistas plásticos retratam o Porto ao longo dos últimos 60 anos. Um “Porto Com Sentido”. Uma homenagem inédita à cidade e aos seus habitantes para ver no Mercado do Bom Sucesso, casa da Fundação Manuel António da Mota. Em parceria com a Cooperativa Árvore é possível fazer simultaneamente uma viagem pela história da arte e pela história da cidade, pelos olhos e pelas mãos de quem a leva no coração. Vamos à descoberta…
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Qual o motivo que levou à organização da exposição? 

Em conjunto com a Fundação Manuel António da Mota, a Cooperativa Árvore organizou a exposição “Porto com Sentido” com o objectivo de prestar homenagem à cidade, aos seus habitantes e a todos os que a visitam reunindo um conjunto de obras de enorme qualidade cuja temática é o Porto.

Quem são os artistas que têm obras em exposição?

Abel Salazar, Abreu Pessegueiro, Albuquerque Mendes, Amândio Silva, Ângelo de Sousa, António Cruz, António Fernando, António Soares, Armando Alves, Artur Loureiro, Aurélia de Souza, Carlos Carneiro, Carlos Carreiro, Dario Alves, Domingos Pinho, Dominguez Alvarez, Dordio Gomes, Eduardo Viana, Emerenciano, Fernando Lanhas, Frederico Pereira Aires, Henrique Silva, Jaime Isidoro, João Abel Manta, Joaquim Lopes, José Campas, José Emídio, José Maria Soares Lopes, José Rodrigues, Júlio Resende, Lima de Carvalho, Luís Demée, Mário Bismarck, Marques de Oliveira, Martins da Costa, Nadir Afonso, Nuno Barreto, Rui Aguiar, Sobral Centeno, Sónia Teles e Silva.

Quais os episódios históricos que a exposição mais retrata? Ou seja, com a visita à exposição o que se pode ficar a saber sobre a cidade do Porto?

A ideia é representar o Porto realçando o carácter da cidade na sua geografia humana e urbana sob o epíteto que é conhecida: Invicta, cidade de criatividade e luta. É o caso da obra de António Fernando, que representa o 1.º de Maio de 1982, na Praça da Liberdade, onde se deu a tentativa por parte da CGTP de instalar palcos na Avenida dos Aliados para a celebração do Dia do Trabalhador dando azo a uma das mais brutais intervenção policiais nas ruas do país depois do 25 de Abril de 1974. A obra revela um dos muitos feridos dessa noite fazendo alguma ironia com o nome da Praça da Liberdade.

Depois há a representação pictórica de uma paisagem bucólica atravessada por uma luz única carregada de história e poesia, a arquitectura, o quotidiano repleto de marcas do passado, o erotismo atmosférico, a marca nobre e romântica da velha calçada íngreme e dos palácios, a cidade boémia, e sobretudo a autenticidade de um modus vivendi sui generis.

Com a exposição pretende-se atrair mais turistas? 

Sim, sem dúvida, consideramos que a qualidade das obras e dos artistas, bem como a exposição no seu todo são um factor determinante que a torna única e de interesse acrescido para quem visita a cidade pela primeira vez.

Qual tem sido o feedback de quem visita a exposição?

A inauguração foi um êxito e contou com a presença de cerca de 150 pessoas, entre as quais, o General Ramalho Eanes, Manuela Eanes (Presidente do Conselho de Curadores da FMAM), o Presidente do Conselho Administrativo da Cooperativa Árvore, Amândio Secca, o Administrador da FMAM, Rui Pedroto, a comissária da exposição Laura Soutinho, e muitos artistas de renome como Albuquerque Mendes ou Sobral Centeno.

O feedback tem sido muito positivo, graças à sua relevância enquanto encontro de perspectivas pessoais e diferentes gerações que abordaram o Porto sobre diferentes pontos de vista e que diversas instituições, museus e coleccionadores privados cederam tornando possível esta iniciativa da FMAM.

Os artistas são todos portugueses?

Sim, todos os artistas patentes na exposição são portugueses.

Que personalidades de destaque já passaram pela exposição?

Das inúmeras personalidades que visitaram a exposição destacam-se o General Ramalho Eanes, personalidade maior da vida cultural e política do nosso país, Manuela Eanes Presidente do Conselho de Curadores  da Fundação Manuel António da Mota, Manuel Cabral Presidente do Instituto do Vinho do Porto, Paulo Ribeirinho Soares Presidente do Colégio Nacional de Engenharia Civil entre muitas outras personalidades de relevo da sociedade portuguesa.

Para além dos trabalhos expostos estão programadas actividades de animação paralelas?

Sim, vai ocorrer em Janeiro uma visita guiada por uma das pessoas que melhor conhece a história e estórias da cidade do Porto, Germano Silva, e também ocorrerá uma visita pela Professora Fátima Lambert. Um evento que consideramos imperdível.

 Qual o trabalho ou trabalhos mais apreciados pelos visitantes?

Dado o enorme cuidado que foi depositado na selecção dos trabalhos presentes na exposição não nós é possível destacar nenhuma obra.

As visitas são guiadas? Como ficam a conhecer o que significa cada trabalho?

Existem na exposição guias que podem prestar esclarecimentos sobre as obras expostas e é também possível através do catálogo da exposição conhecer com maior detalhe os vários trabalhos que se encontram na Fundação Manuel António da Mota, de forma que a experiência seja o mais completa e enriquecedora possível.

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