DIN Wallets: as carteiras de madeira leves, simples e elegantes que dão segurança aos cartões

Guilherme Nunes licenciou-se em Design do Produto. Infelizmente nunca encontrou emprego e teve de criar o próprio. Com algumas dificuldades financeiras decidiu, em 2013, investir os últimos trocos que tinha para que o projeto que vinha desenvolvendo como hobby se tornasse na sua fonte de rendimento. Fala-se da Din Wallets, as carteiras feitas em madeira que estão a deixar os cartões e notas do público masculino mais seguras.
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Como e quando surgiu o projeto Din Wallets? 
A DIN Wallets surgiu em finais de 2013. Depois de concluir formação académica em Design do Produto não conseguia arranjar emprego. Comecei a desenvolver este projeto como hobby sem, no entanto, haver uma vontade de construir um negócio em torno do mesmo. Contudo, as minhas finanças começaram a esgotar-se e decidi investir os últimos 120 euros que tinha numa pequena produção. Desde essa altura, a marca tem cresido organicamente.

Quem são os mentores? Que formação têm?

Estou neste projecto sozinho. Apesar de ser formado em Design do Produto tenho desenvolvido, de forma autodidata,  ao longo dos anos todas as capacidades necessárias para gerir e promover uma marca, desde o Marketing à Gestão, passando por todas as "sub-áreas" que cada uma deles abraça.

Porquê uma carteira de madeira? Quais as vantagens em ter uma?
Uma carteira em madeira é, por si só, diferente. Utiliza o mais belo que a natureza nos dá, associado a um objecto do quotidiano. Mas não é, nem nunca foi. Essa a grande função da madeira na nossa carteira. A grande função da mesma foi sempre, através da sua resistência,manter os cartões seguros.

Que tipo de madeiras são usadas na produção das carteiras? 
Neste momento trabalhamos com cinco tipos de madeira, oriundos de diversos continentes. Takula, Wengue, Nogueira, Sucupira e Carvalho. No caso das carteiras em Carvalho, em alguns dos modelos é efetuada gravação a laser.

As carteiras são fabricadas em Portugal? Onde e por quem?
Fruto do nosso trabalho e de tudo o que se foi poupando ao longo dos anos. Em 2016 foi possível adquirir uma máquina de Corte Laser, algo que permitiu que todo o processo de produção passe pela Oficina na qual trabalho.

Onde é que já se vendem as carteiras?
Neste momento pode afirmar-se que já existem DIN Wallets nos quatro cantos do mundo. Quase todas as vendas são feitas através da Loja Online, presente em dinwallets.pt, sendo que existem alguns parceiros que as vendem em loja física. 

A marca está internacionalizada? Para que países? Se não está, pensa em ficar?
Essa foi a grande meta em 2017: expandir a marca além fronteiras. Mas ainda há um longo caminho para percorrer. Espero que esse passo seja consolidado em 2018.

Para criar a marca que ajudas teve?
Muito poucas. Na altura havia diversos apoios para quem quisesse "desenvolver" uma ideia. Como eu precisava de resultados imediatos decidi arriscar e passar essa fase à frente. Preferi colocar um MVP do produto no mercado, testar a sua reação, e ir crescendo baseado na experiência que fosse adquirindo. Se foi a decisão mais correta? Não sei, mas foi a que trouxe a DIN Wallets até aqui.

O que pode ser guardado na carteira?
A carteira tem uma capacidade para oito cartões e algumas notas.

A marca já criou postos de trabalho? Quantos? Ou pretende criar?
Infelizmente ainda não se criaram postos de trabalho diretos. Já houve essa oportunidade e talvez brevemente a equipa venha a ser alargada. No entanto, trabalho com freelancers das mais variadas áreas, principalmente a nível de Comunicação.

Esta é a única atividade do mentor/es do projeto?
Sim, dedico-me 100 por cento a este projecto. No entanto não nego que, em breve, apareçam mais algumas marcas e produtos meus no mercado.

Quanto pode custar uma carteira? Elas são personalizáveis?
Os nossos preços variam entre os 17,90 euros para os modelos Clássicos e os 27,90 euros, mas este valor já é para Carteiras com uma personalização mais complexa, pois temos ainda na nossa gama Engraved vários modelos a 22,90 euros.

Quem são os principais consumidores das carteiras?
Claramente os homens, até pela funcionalidade associada ao formato da mesma. Apesar de eu vender muito para mulheres... mas quase sempre para estas oferecerem. 

Pensa em introduzir novos produtos, ou de que forma vai manter viva a marca a produzir sempre carteiras? 
Esta é uma boa questão. Em todo o percurso da DIN Wallets sempre me pautei por nunca querer dar "um passo maior do que a perna". Foi sempre um percurso de aprendizagem continua e adaptação aos tempos modernos. Hoje em dia os negócios têm que se adaptar às exigências do mundo. Estar sempre "em cima do acontecimento" no que toca aos Trends e principalmente às redes sociais. Acho que ainda há meia dúzia de coisas que podem ser exploradas e otimizadas antes de abraçar um novo produto, pois sozinho será difícil conciliar aquilo que ainda há para fazer na DIN Wallets, com a tarefa gigante que é lançar um novo produto. Já existem alguns em Piepeline. Até, inclusive, já falhei um lançamento, e isso fez-me perceber que deveria continuar a trabalhar com calma, como sempre fiz porque na altura certa as coisas vão acontecer.

A marca já ganhou algum prémio?
Não.
 
Marcou presença no Web Summit? ou tem participado em outros eventos que ajudem a promover a marca.
Não. 
 
A marca está a celebrar o quarto aniversário. Que balanço se pode fazer do tempo de vida da empresa/projeto?
É um caminho longo, mas muito gratificante. Se me perguntassem há quatro anos se ainda aqui estaria, provavelmente diria que não. Mas esta aventura acentou-me como uma luva, pois eu sou o tipo de pessoa que não gosta de fazer todos os dias a mesma coisa. Gerir esta marca ensinou-me muita coisa. Não são tudo momentos bons, mas o sentimento de superação acaba por equilibrar sempre a balança.

Qual o feedback de quem tem uma DIN Wallet?
É complicado de definir o feedback que uma DIN Wallets tem, pois é preciso ter uma visão ampla e perceber que nem toda a gente gosta, nem toda a gente se adapta, por diversas razões. Do ponto de vista dos clientes é extremamente positivo. Penso que as mais e 100 reviews de cinco estrelas que o produto tem no Facebook ajudam a comprová-lo. É um produto diferente e fora do convencional, o que faz com que muitas vezes as pessoas não arrisquem testá-lo. Daí termos sempre que analisar esta questão das duas formas.

Quais as principais dificuldades que tem sentido ao longo do projeto?
As dificuldades que tenho sentido... acabam por não ser dificuldades pois com esforço e capacidade de aprendizagem são sempre ultrapassadas. Por vezes demoram tempo demais mas é sempre conhecimento que fica para uma aventura futura.

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