GANSO: amigos de infância criam banda que prometem levar "até ao infinito e mais além"

São jovens e vivem em Lisboa. Em comum têm um sonho: fazer vida da música. Por isso, os cinco uniram-se e com o apoio de amigos e familiares criaram a banda Ganso. Uma banda que apesar de só ter um EP gravado já ganhou o concurso de abrir o concerto que a banda brasileira "Os Mutantes" vai dar em Portugal, segunda-feira, 30 de novembro, no armazém F, na capital portuguesa. Em entrevista ao VerPortugal, os elementos da banda explicam que o primeiro álbum está a ser trabalhado e que tudo será feito para poderem levar o projeto "até ao infinito e mais além".
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Como nasceu o projeto? Onde?

O projeto nasceu em Lisboa, a nossa cidade mãe. Somos amigos (Luis Ricciardi, Thomas Oulman, João Sala, Gil Azinheira, Vasco Costa e Miguel Barreira) de infância já que estudamos todos no mesmo local, no Liceu Francês situado perto das Amoreiras. Em Janeiro deste ano, decidimos começar a fazer "barulho" em conjunto e assim foi... cá estamos. 

Quem foi o mentor? Quantos elementos compõem a banda?

O mentor foi um ser imaterial comum aos seis, cujo corpo e membros são inexistentes. O mentor somos nós todos... (risos)

Qual o estilo musical da banda?

Pergunta difícil visto serem diversas as influências. Mas, ao fim ao cabo, perhaps Rock. Rock Tuga.

As músicas/letras são originais? Se sim, quem as escreve e em que se inspira para o fazer bem como se tem alguma mensagem a passar com as letras. Se não, a que cantores vão buscar as músicas e porquê?

Efectivamente tanto as músicas como as letras são originais. Escrevemos todos em conjunto tal como compomos todos as canções. Sempre como uma equipa... Apesar de grandes fãs dos Beatles não existem incidentes do estilo Lennon-McCartney não deixarem o Ringo escrever uma música. É um por todos e todos por um (risos). As nossas fontes de inspiração são coisas simples como um personagem, detalhe ou uma situação do quotidiano. Falar de letras é complicado e preferimos deixar a dedução ao ouvinte.

Porque o nome Ganso para o grupo?

Estávamos em Mogofores, no âmbito da composição do nosso primeiro e único EP e, uma vez inseridos no Intermarché com o propósito de recorrer a mantimentos sólidos e líquidos, deparamo-nos com um ganso, literal e palpável, perdido, que por algum motivo se afeiçoou a nós e nos seguiu.. Fomos caçados!

Os elementos da banda têm alguma formação musical?

Temos todos formação musical. Contudo bastante arcaica e distinta porque todos estudamos um instrumento diferente daquele que hoje tocamos em conjunto… Mudamos. Senão seríamos uma banda sem baterista, com saxofonista, violinista e pianista.

Quantos trabalhos já foram editados/lançados?

Para já, só o nosso EP com cinco malhas.. Mas já estamos a trabalhar no disco.

Os concertos acontecem apenas em território nacional ou, apesar de bastante jovem, já galgaram fronteiras?

Até à data só aconteceram em território nacional. Mas estamos em vias de ir tocar a Manchester e a Roma visto termos sido convidados por almas bondosas que acreditaram em nós. Mas para já, continuamos pela “Tuga”. Não podemos colocar a carroça à frente dos bois.

Em que situações costumam atuar?

Sobretudo bares e eventos específicos. Mas não recusamos qualquer convite que surja para ir tocar. Temos que ganhar rodagem e conquistar o maior terreno possível.

Os elementos do grupo exercem atividade paralela ou apenas se dedicam à música?

Todos nós temos atividades paralelas. Uns ainda estudam e trabalham, outros trabalham, somente. Mas todos temos projetos pessoais em vias de desenvolvimento, não exclusivamente musicais.

Que apoios têm tido?

Temos tido um grande apoio emocional por parte dos nossos familiares e amigos. O apoio que mais ânimo nos trouxe e portas abriu foi indiscutivelmente o apoio da Cuca Monga que editou o nosso EP. Subentende-se que tivemos um grande apoio dos membros dos Capitão Fausto, nossos queridos amigos, assim como do Diogo Rodrigues, nosso mentor (uma vez formados) pois foi quem nos gravou e produziu as canções. Para além disso, serve também a função de avô, tio, primo e papá. E técnico de som quando tem disponibilidade.

Cantam mais em Português ou Inglês? Porquê?

Só cantamos em Português. Porque é assim e acreditamos que a nossa língua não será uma barreira para nos projetarmos além fronteiras e queremos indubitavelmente apostar na música Portuguesa que muito promete e pouco destaque tem, infelizmente. 

Ganharam um concurso e têm a responsabilidade de abrir o concerto de Os Mutantes. O que significa para a banda este feito?

Tem um enorme significado porque somos grandes admiradores do trabalho deles e da importância que têm na música brasileira. Por acaso, ainda este concurso era uma miragem e tínhamos tido a ideia de fazer um cover da "Não Vá Se Perder Por Aí" para projecto do qual faríamos parte. As forças do universo decidiram que não teríamos a oportunidade de poder gravar isso em estúdio para já, mas que nos seria oferta a possibilidade de fazermos a primeira parte do concerto deles em Lisboa. Coincidências!

O que sentem quando sobem ao palco?

Felicidade.

O que tentam passar ao público? O que é que o público vos passa?

Somos uma banda recente que está a dar os primeiros passos e gostamos de ser nós mesmos em palco. Cada elemento com a sua maneira de agir em palco e interagir com o público. Públicos e bandas são altamente dependentes um do outro e quanto mais interagem melhor é o concerto. O público dá-nos motivação para continuarmos. Enquanto o público gostar de nos ouvir continuaremos a tocar para ele.

Qual o concerto que mais vos agradou dar?

No Musicbox, para a apresentação do EP de El Salvador que teve a gentileza de nos convidar para fazer a primeira parte. É um espaço que já frequentamos enquanto espectadores de concertos de outras bandas e teve um significado especial por isso.

Até onde esperam levar a banda?

"Até ao Infinito e mais além", ja dizia Buzz Lightyear em Toy Story.

Para criar esta banda tiveram de fazer um grande investimento? Quem ajudou?

Temos de agradecer em grande parte os nossos pais que durante as nossas idades mais tenras sempre apoiaram o nosso interesse e paixão pela música debaixo da árvore de Natal, no dia de anos ou ao fazerem uma inscrição para nós em aulas de música quando éramos garotos.

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