Portugal representado no iF Design Award pela Omdesign

A agência de publicidade Omdesign começa o ano de 2016 como vencedora no iF Design Award, um dos principais concursos de design a nível mundial, com o livro “250 Anos de Histórias” da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, empresa do Douro que se dedica à produção de vinhos e ao enoturismo.
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Depois de ter somado, em 2015, 32 distinções, a agência de Leça da Palmeira integra agora a lista de vencedores desta importante competição internacional e volta a representar o design nacional além-fronteiras.

A edição deste ano contou com mais de cinco mil projetos inscritos, desenvolvidos em 50 países, dos quais o conceituado júri selecionou o livro “250 Anos de Histórias”, criado e produzido, na íntegra, pela Omdesign, a única agência portuguesa vencedora na categoria “Communication - Publishing”.

A cerimónia de entrega de prémios terá lugar no próximo dia 26 de fevereiro, em Munique, no emblemático BMW Welt, um evento que faz parte da "Munich Creative Business Week” e conta com cerca de dois mil convidados, provenientes de mais de 20 países.

De referir ainda que o livro "250 Anos de Histórias”, da autoria de José Braga-Amaral e prefácio de Bento Amaral, foi também distinguido, em 2015, noutros dois concursos internacionais de renome, com Ouro no Creativity International Graphic Design Awards e Prata no International Design Awards.

Luisa Amorim destaca "este é um prémio que nos enche de orgulho pois valoriza o livro criado para divulgar a magnífica e muito rica história da Quinta Nova”. “Partilhamos este prémio com José Braga-Amaral e a Omdesign, porque acreditaram no nosso projeto e deram um relevante contributo para a criação desta obra” acrescenta a mesma responsável. 

 

A obra

 

É consensual referir-se, nos dias de hoje, que as quintas do Douro são os pilares de toda a estrutura económica e social do Alto Douro Vinhateiro, mas nem sempre foi assim. No livro que comemora os 250 anos da adega da Quinta Nova (1764, uma das mais antigas do Douro), são relatadas várias histórias de um Douro antigo, de difícil acesso e anterior às exportações de vinho para o mercado britânico e por isso, muito ligado à agricultura de subsistência, produzindo até ao século XVII azeites e frutas e, depois da crise da filoxera, tabaco e sumagre destinado à curtição de peles, traduzindo bem a arte e o engenho humano, numa terra inóspita e isolada de todos.

 

Esta obra traduz bem a importância da navegabilidade do rio Douro e as turbulentas viagens dos barcos rabelos, anteriores à construção das barragens, que encontravam pontos perigosos, construindo por isso capelas e pequenos santuários junto às margens, como é o caso da Capela de Nossa Senhora do Carmo.

 

"É assim que nasce um nome histórico, uma marca de vinhos de nome muito comprido, de uma das quintas mais emblemáticas da região – Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo", refere Luisa Amorim. "Mesmo que se produza vinho há mais de 2000 anos na região, há um Douro que poucos conhecem e que é muito anterior ao tempo do “Port wine”, durante o qual se transportavam nos barcos rabelos, rio abaixo, vários produtos agrícolas e, rio acima, se regressava com mantimentos e iguarias como o sal e o peixe do mar".

 

Mas esta quinta é muito anterior a 1764 e a pesquisa histórica confirma-a como uma grande terra pertencente à Casa Real Portuguesa, tendo sido identificado o seu primeiro proprietário em 1725. A investigação provou igualmente que a adega vinificava mais de 3.500 pipas de vinho, de parcelas e quintas vizinhas, tendo sido logo "integrada na primeira demarcação da região".

 

Rapidamente se verificou existirem imensas curiosidades e histórias da quinta que retratam o "país vinhateiro", levando à criação de um fantástico exemplar produzido pela OMDesign e suportado por material fotográfico de invulgar beleza, traduzindo bem os detalhes do dia-a-dia de uma quinta duriense.


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