A religião foi inspiração para algumas das mais geniais obras de arte da humanidade. Entre estes extraordinários exemplos destacam-se: "A Escola de Atenas” de Raphael; “A Última Ceia” de Leonardo Da Vinci; “A Criação de Adão” de Michelangelo e “O Último Julgamento” de Hieronymus Bosch.
A instalação de arte contemporânea “A Rainha”, da artista e arquiteta portuguesa Cristina Rodrigues é uma obra dedicada à Rainha dos Céus – Nossa Senhora. “Santa Maria Mãe de Deus”, como reza a oração cristã Ave-Maria, aparece frequentemente coroada de rainha. Várias versões escultóricas da Mãe de Jesus Cristo são representadas através da figura de uma elegante mulher coberta de mantos e coroada. A carga simbólica da coroa, que nesta instalação tem uma dimensão fora do comum, estabelece a relação com a Rainha dos Céus coroando o povo à entrada da igreja.
“A Rainha” estabelece um paralelismo com o ser sublime que nos leva a uma tentativa contínua de aperfeiçoamento próprio, numa busca incessante de evolução interior.
A obra “A Rainha” constrói uma narrativa visual similar a um céu barroco executado em fitas de cetim, rendas de algodão e flores de fazenda. A utilização de materiais ligados ao universo feminino é já uma assinatura de Cristina Rodrigues, que tem retratado em várias das suas obras a dialética entre a alta e a baixa cultura, as esferas pública e privada, a tradição e a contemporaneidade.
A instalação de arte contemporânea “A Rainha” esteve em exposição em vários monumentos: o Mosteiro dos Jerónimos (2013); a Catedral de Manchester (2014) e o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça (2015). A obra poderá agora ser vista na Igreja de S. Gonçalo de Amarante, uma das joias do barroco Português, entre 15 de Abril e 31 de Maio de 2016. A obra será instalada pela artista e pela equipa do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, especialmente para a vinda da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima à Igreja de S. Gonçalo de Amarante, no dia15 de Abril.
Esta iniciativa resulta de um convite feito pelo Pároco José Manuel Ferreira que tem colaborado em várias ocasiões com a artista e com o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso.
São parceiros deste projeto expositivo a Paróquia de S. Gonçalo, o Município de Amarante, o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, o Município de Idanha-a-Nova e o CCR – Centro Cultural Raiano.
Cristina Rodrigues, artista e arquiteta portuguesa, sediou-se em Manchester, no Reino Unido, há seis anos e foi nesta cidade que construiu um percurso académico e artístico internacional.
A sua carreira conta com passagens pelo GDMOA, Guangdong Museum of Art, na China (2013); pelo MUDE, Museu do Design e da Moda, Lisboa (2013); pela Sé Catedral de Idanha-a-Velha (2013); pelo MNA, Museu Nacional de Arqueologia no Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa (2013/2014); pela Zweigstelle Berlin (2014); pela TIL Gallery, Londres; pela Catedral de Manchester, em Inglaterra (2014) e, mais recentemente, o seu trabalho esteve em exposição no Mosteiro de Alcobaça – UNESCO World Heritage (2015); na Mansão Senhorial de Tatton Park, em Inglaterra (2015); no Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, em Amarante (2015); no Palácio de São Clemente, no Rio de Janeiro, Brasil (2015) e no Pavilhão de Portugal, em Sevilha, Espanha (2015).
Cristina Rodrigues inicia o seu percurso como docente universitária na Manchester School of Art em 2010 mas o seu trabalho artístico cedo se destaca em exposições como "Issues of Urbanization" com curadoria da reputada Tongyu Zhou (2013). Esta última exposição que teve lugar no GDMOA - Guangdong Museum of Art, em Guangzhou na China, valeu à artista portuguesa vários destaques na televisão nacional chinesa. Em 2014 Cristina Rodrigues expõe no edifício mais visitado da cidade de Manchester, a célebre Catedral de Manchester, sede do bispado Anglicano da cidade. Esta foi a exposição de arte contemporânea mais visitada de sempre desta cidade do Noroeste de Inglaterra.
O trabalho da artista foi capa da revista SCULPTURE (revista americana distribuída internacionalmente), edição de Janeiro/Fevereiro de 2016, e a entrevista principal conduzida pelo aclamado crítico de arte britânico Rajesh Punj, é também dedicada a Cristina Rodrigues.
