Celsus: uma marca rotulada pelo esforço e sucesso do designer Celso Assunção

Licenciado em Design pela Universidade de Aveiro, Celso Assunção, criador da marca Celsus tem desenvolvido, ao longo de uma carreira que já ultrapassou a década, um trabalho criativo. Um trabalho que não se limita à criação de peças de roupa. Também passa pelo calçado, acessórios, pranchas de surf ecológicas e um sem número de trabalhos gráficos. Trabalhos estes que têm merecido destaque dentro e fora de Portugal. Com alguns dos trabalhos Celso Assunção, jovem de Aveiro, tem arrecadado prémios. Em conversa com o VerPortugal o designer explica como se interessou pela área e o que faz para ter sucesso.
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A ideia de criar uma marca – conta Celso Assunção – surgiu pouco tempo depois de ter terminado o curso, altura em que decidiu criar uma marca para agregar os desenhos que foi fazendo na universidade.

Desde cedo Celso trabalhou com quem o ajudasse a idealizar os desenhos. “Foi uma luta muito intensa” - recorda o design que começou a ter notoriedade a partir do momento em que começou a participar no Portugal Fashion.

"O arranque foi com a criação de t-shirts e modificação de roupas” - conta o designer que nunca gostou de vestir como o comum dos mortais. Faz questão de ser diferente. “Sabia que era diferente dos outros em termos de roupagem e não queria ser influência para ninguém mas acabou por ser” - acrescenta deixando claro que gosta de criar roupas diferentes mas que se adaptem a diferentes alturas/momentos.

Para quem não vem de escolas de moda, entrar nesse mundo é muito difícil. No entanto, em 2004 conseguiu participar no evento de jovens criadores de moda organizado pelo Litoral Fashion. “A participação neste evento fez com que eu aprendesse muito e ajudou-me a abrir outras portas” - explica o criador da Celsus.

A primeira coleção surgiu. Uma coleção que se baseava no reaproveitamento de roupas que já existiam. A partir daí, Celso, adoptou um outro estilo nas suas criações. Introduziu novos materiais para obter outro tipo de acabamentos.

Em 2007, propôs-se ao Portugal Fashion. A apresentação das suas criações foram na sede da ANJE. “Deram-me a oportunidade” - explica dando nota de que a partir desse momento a divulgação da marca começou com muito mais força. “Não me preocupava só com a apresentação das roupas. Preocupava-me também com os pormentores como a música que iria acompanhar os manequins na passarele e até com os movimentos destes porque tudo iria pesar” - explica o criados da Celsus.

Embora não participe no Portugal Fashion há três anos, o sucesso da Celsus está garantido não só pelas peças inovadoras que consegue produzir mas também pela qualidade.

Um criador de moda, por norma, não produz grandes quantidades de cada modelo. Até porque, cada uma das peças para ser de qualidade e à medida tem de ser feita em atelier. Celso, por seu lado, não foge a esta regra mas para além das peças de vestuário que passaram fronteiras há muito tempo, o designer também se dedica à criação de acessórios. “Também nos acessórios, que se vendem muito, minha preocupação recai sobre os pormenores, sobre os acabamentos, que têm de ser sofisticados, de qualidade.

Quando questionado sobre os materiais usados para as suas criações, Celso explica que depende muito da colecção. Mas por norma procura mais algodões, sedas, lãs, peles e até caxemira.

Prancha e rótulos para garrafas de vinho

As criações de Celso não se restringem só a roupas e acessórios. A criação de uma prancha ecológica com recurso a cortiça foi uma das criações que, em 2013, causou sensação. Outra das criações que lhe valeu uma menção honrosa num concurso dos Estados Unidos da América foi o desenho que fez para o rótulo de uma garrafa de vinho português.

Interrogado sobre o que lhe dá inspiração para as criações de sucesso, Celso sorri e responde: “em tanta coisa...”. A curta e intensa carreira de Celso já lhe deu muitas alegrias, não fossem os prémios que tem conquistado com os diversos trabalhos. “Cada um tem um significado diferente. Mas a verdade é que cada um é alento para seguir em frente apesar de ter uma profissão cujo valor ainda não é devidamente reconhecido a nível nacional” -remata. 

 


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