VirarDaSquina: banda de Guimarães sonha atuar no maior estádio ou na maior sala de espetáculos do Mundo

São cinco os jovens de Guimarães que há, precisamente, cinco anos decidiram juntar-se e criar uma banda. Batizaram-na de VirarDaSquina. Um nome que surge na sequência do que pretendem mostrar ao público: um misto de pensamentos e influências, uma surpresa escondida do outro lado do muro. Volvidos cinco anos a banda, que prefere cantar em Português, continua a trabalhar para chegar até onde o público a quiser levar.
Vitor A. Costa:
    Vitor A. Costa

Como nasceu o projeto? Onde?

Os VirarDaSquina nasceram em 2010, em Guimarães. Dois dos elementos da banda integravam uma outra que por muitas razões não deu certo. Tanto o Nuno como a Caty queriam muito continuar a fazer música mas sentiam que precisavam de mais, algo novo. Precisavam de 'virar a esquina' e descobrir o que estava do outro lado. Mesmo sem saber muito bem o que esperar, avançaram com este projecto.

Quem foi o mentor? Quantos elementos o compõem?

A banda surgiu de um impulso de dois elementos que foram repiscando outros músicos para integrarem o projeto. Atualmente, é composta por cinco amigos: Caty (Ana Rodrigues) na voz, Nuno Meneses no teclado, João Cunha na bateria, Mário Ribeiro no baixo e João Alves na guitarra.

Qual o estilo musical da banda?

Os VirarDaSquina têm um estilo musical muito próprio, mas que pode ser inserido no Rock Fusão.

As músicas/letras são originais? Ou costumam cantar temas de outros cantores?

Embora por vezes façamos 'covers' de outras músicas, as nossas são originais. Tentamos fazer da História, a história da nossa vida real e contar estórias ao público. As músicas são compostas por todos os elementos da banda que vão inserindo nelas elementos das influências e vivências de cada um. No que diz respeito às letras, até ao lançamento do nosso primeiro álbum eram escritas por nós. Contudo, para o "Até ao Fim do Mundo” contámos com a talentosa mente criativa do, também letrista, Paulo César Gonçalves que percebeu muito bem a mensagem a passar.

Porquê o nome Virardsquina para o grupo?

O nome surge na sequência daquilo que é a banda e o que queremos mostrar ao público. Um misto de pensamentos e influências, uma surpresa escondida do outro lado do muro.

Os elementos da banda têm alguma formação musical?

O Nuno Meneses tem alguma formação musical. O João Cunha toca desde muito novo e teve também aulas. Recentemente, o João Alves e o Mário Ribeiro começaram a frequentar aulas de Jazz.

Quantos trabalhos já foram editados/lançados?

Já lançamos dois EPS, que foram o início e maturação daquilo que são os VirarDaSquina. Nos últimos dias de 2014 lançamos o nosso primeiro álbum intitulado "Até ao Fim do Mundo”. Apostamos em fazer música portuguesa, que narra uma história nacional e intemporal. Durante dois anos trabalhamos no álbum o conceito que reinventa a História de Pedro e Inês de uma forma contemporânea. Estamos muito orgulhosos projecto porque depositamos nele muito tempo, alma e coração. O processo de construção e gravação deste álbum fez-nos crescer muito como músicos.

Os concertos acontecem apenas em território nacional ou já galgaram fronteiras?

Com muita pena nossa, por enquanto estamos só dentro de fronteiras. Mas gostaríamos de alargar o nosso território. Aguardamos ansiosamente a oportunidade.

Em que situações costumam atuar? 

Já atuamos em todos os locais prováveis e improváveis. Desde varandas e montras (no Mi Casa es Tu Casa, em Guimarães) a festas populares e festivais.

Os elementos do grupo exercem atividade paralela ou apenas se dedicam à música?

Nenhum dos elementos da banda se dedica apenas à música. Caty está agora ligada à moda; Nuno Meneses e João Alves ao cinema e audiovisuais; João Cunha à farmácia e Mário Ribeiro às engenharias. Todos fazemos coisas paralelas porque é muito difícil, pelo menos numa fase inicial, vivermos só da música. Isso e porque todas essas atividades são também paixões nossas.

Que apoios tem tido?

O maior apoio que temos é o das nossas famílias que nunca nos deixaram desistir dos projetos e sempre nos apoiaram e das pessoas que nos ouvem e seguem. Sempre que damos concertos aumenta o número de gostos na nossa página de Facebook bem como o número de pessoas que gostam de nós. Esse é o melhor apoio que podemos ter. Sabemos que fazemos, do que gostamos e que quem nos ouve também gosta. O nosso primeiro álbum foi financiado, em parte, por um projeto de crowdfunding que lançamos na plataforma PPL. Isso demonstra exactamente que o nosso maior apoio são os que nos seguem, quem gosta de nós e nos faz ir mais longe.

Cantam mais em Português ou Inglês? Porquê?

No início cantávamos mais em Inglês, por acharmos que era mais fácil. Contudo, ganhamos consciência de que a nossa língua é tão bonita que decidimos arriscar mais no Português. O último álbum é todo cantado em português, porque nem faria sentido não o ser. Estamos a cantar uma história portuguesa, tinha que ser em português!

Porque resolveram aderir à plataforma Pinstage?

A Pinstage pareceu-nos uma boa forma de divulgar o nosso trabalho e mostrar a todos que estamos dispostos e abertos a muitas propostas. Queremos é dar concertos e mostrar ao mundo o que conseguimos fazer. Sentimos necessidade de divulgação e promoção, e hoje em dia, a Internet é a forma mais simples das bandas se darem a conhecer.

O que sentem quando sobem ao palco?

Euforia. Estamos sempre ansiosos por subir ao palco e entretermos quem marca presença para nos ouvir.  Quando subimos ao palco, só pensamos em divertir-nos e divertir quem resolve aparecer. Gostamos de, mais do que tocar e cantar, dar espetáculos e fazer com que os seguidores sorriam e cantem connosco. Se no final do concerto estivermos muito suados, a cheirar mal e com um grande sorriso na cara é porque correu bem e a euforia que sentíamos quando demos o primeiro passo rumo ao palco se manteve até ao fim.

O que tentam passar ao público? O que é que o público vos passa?

Os VirarDaSquina têm uma sonoridade única e abrangente, ouvimos e juntamos tudo: Jazz, Rock, Pop, Blues, Metal. O que tentamos passar ao público é essa mesma mescla. Alimentamo-nos muito da energia do público porque, no fim de contas, nós somos de quem nos ouve e segue. Queremos contar estórias e vivências às pessoas, mas não esquecemos que são elas que nos dão a energia para alimentarmos os nossos concertos e os bichos de palco que estão dentro de cada um de nós.

Qual o concerto que mais vos agradou dar?

Gostámos sempre de todos os concertos porque cada um deles teve uma particularidade que ficou gravada nas nossas memórias, até mesmo antes de subir ao palco ou depois de o descer. Mas somos unânimes em afirmar que o concerto em Torrados, no festival “Torrados is Real” foi um momento muito especial para nós. Sabíamos que tínhamos alguma responsabilidade porque íamos abrir para uma banda que estava em ascensão, os D.A.M.A., e íamos ter muito público. As nossas expetativas foram superadas e demos um espetáculo do qual nos podemos orgulhar.

Até onde esperam levar a banda?

Não temos um limite. Trabalhamos muito e queremos sempre mais. Contudo, temos um sonho: atuar um dia no maior estádio ou na maior sala de espetáculos do Mundo.

Para criar esta banda tiveram de fazer um grande investimentos? Quem ajudou?

Cada um de nós tem que agradecer, de forma muito especial, aos nossos pais. Há cinco anos, quando os VirarDaSquina nasceram, nenhum dos elementos frequentava sequer a Universidade. Agora, alguns já acabaram os cursos, e outros ainda o estão a fazer. Ou seja, mesmo que indiretamente, os nossos pais investem nesta banda como nós. Emprestam-nos carros, casas para ensaiar. E têm, sobretudo, muita paciência. É a eles a quem mais devemos.

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