Biotecnologia em Portugal já gerou 65 empresas e 407 patentes

A biotecnologia é o quarto setor que mais inova em Portugal, tendo tido um crescimento de 339 por cento entre 2006 e 2014. As conclusões constam de um estudo da Universidade do Minho, apresentado esta semana pela Associação Portuguesa de Bioindústria (P-BIO), no âmbito das comemorações da Semana Europeia da Biotecnologia em Portugal.
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A sessão de encerramento nacional da Semana aconteceu esta sexta-feira à tarde no Instituto para a Biossustentabilidade, no campus de Gualtar, em Braga. O evento tem o tema "Biotecnologia Industrial: inovação a partir dos setores tradicionais", é organizado pela P-BIO, pelo Centro de Engenharia Biológica da UMinho (CEB) e tem o Alto Patrocínio da Presidência da República. A iniciativa inclui intervenções de Simão Soares (P-Bio, SilicoLife), Fernando Alexandre (UMinho), Isabel Rocha e Eugénio Ferreira (CEB), Bruno Ferreira (Biotrend), Lorenzo Pastrana (INL), Manuel Fernandes (Cipan), Carlos M. Andrade (Galp), Sara Monteiro (CEV), Patrick Freire (Biomimetx) e Nuno Borralho (Navigator Company), juntando cem participantes.

Volume de negócios quadruplicou em oito anos

O estudo da UMinho revela que, de 2006 a 2014, o setor da biotecnologia em Portugal quadruplicou o seu volume de negócios (de 7.4 para 30.5 milhões de euros anuais), duplicou o volume de patentes (totalizando as 407) e triplicou no número de empresas (de 20 para 65) e de trabalhadores (de 141 para 478), crescendo neste caso 339 por cento, quando na Europa cresceu 157 por cento. Desde então, admite-se que estão a surgir mais vinte empresas no país, graças aos novos empreendedores com boa formação científica e recorrendo a capital de risco para crescer rápido. Sobre os trabalhadores deste ramo, 23 por cento possuem doutoramento ou mestrado e 38 por cento o grau de licenciatura. A maioria deles tem um vínculo laboral estável.

A área da biotecnologia foi imune à crise e assume um contributo significativo para a competitividade económica do País, face ao seu potencial de crescimento e de internacionalização. O setor pode atingir 2,7 por cento do PIB em 2030 nos países da OCDE, segundo esta organização, o que representa 4,8 mil milhões de euros só para Portugal.

 

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