O projeto começou a ser sonhado em Maio de 2013, altura em que Tiago Santos e Nicola Ribeiro tiveram um acidente de moto. Os dois, marido e mulher, passaram duas semanas de cama sem quase se puderem mexer. Mas a cabeça não parava de pensar. "Um dos pensamentos foi avançar com um projeto empreendedor. Algo ligado à restauração e que não exigisse um investimento elevado. O fabrico de rissóis foi a escolha. Mas não poderiam ser uns rissóis quaisquer porque disso já há aos montes", disse ao VerPortugal Tiago Santos, contabilista de profissão e produtor de verdadeiras delícias nas horas vagas.
Em conjunto com a fisioterapeuta Nicola Ribeiro aproveitaram as férias forçadas pela estrada para aperfeiçoar ao máximo o projeto. "Decidimos que para além dos tradicionais rissóis de carne e peixe, teríamos de adicionar outros vegetarianos e doces", explica Tiago Santos.
O projeto foi sendo trabalhado, no papel e no laboratório até Agosto de 2015. Nessa altura, depois de muitas experiências e algumas provas, os primeiros produtos da Rissolândia saíram para o mercado. A par dos tradicionais foram saindo a pouco e pouco novos sabores. Atualmente, é possível degustar rissóis de três classes. No caso dos tradicionais a Rissolândia comercializa e produz rissóis de Carne, de Camarão, Alheira de Mirandela, Feijoada, Marguerita, Lasanha, Bacalhau com Natas, Bacalhau à Brás. No que concerne aos Vegetarianos são confecionados e produzidos rissóis de Bolonhesa de Soja, Salteado de Legumes, Cogumelos Brancos, Tofu com molho de soja. No campo dos doces há rissóis de Compota (fruta da época), Chocolate Preto, Chocolate Branco, Strudel de Maça e Doce de Ovos com Amêndoa.
Qual é o melhor? Todos! "Aliás o feedback por parte dos consumidores tem sido o mais animador que se possa imaginar", refere Tiago Santos dando nota de que "muitos dos clientes, no caso por exemplo do de chocolate, até só prepara uma certa quantidade de cada vez porque depois de começar a comer não conseguem parar".
A esmagadora maioria da produção vai diretamente para o cliente final. A outra parte vai para alguns estabelecimentos", acrescenta o contabilista empreendedor.
A Rissolândia ainda não criou postos de trabalho. "Foram apenas criados dois part-times. O meu para confecionar os rissóis tradicionais e o da minha esposa para confecionar os doces e vegetarianos", frisa Tiago Santos enquanto acrescenta que "tudo o que a Rissolândia consegue amealhar é para investir em novos recheios".
E, por falar em novos recheios está para chegar um. Dedicado, de forma muito especial ao Outono e em parceria com a Amálgama, a empresa de Vila Nova de Famalicão que se dedica à produção de farinha de castanha. " O nosso objetivo é produzir rissóis com creme de castanha de Vinhais. Castanhas essas que são cedidas pela Amálgama", revela Tiago Santos.
O vai chegar ao mercado assim que estiverem concluídas as provas de teste. E vai chegar ao mercado, como todos os outros, em três tamanhos: S (o pequenino), M (o normal) e XL (o grande, mais do dobro que o M). De referir que os rissóis são confecionados em dois tipos de massa. Uma para levar as iguarias ao forno e a outra mais adequada para fritar.
Os produtos ainda não chegam a muitos locais. Mas qualquer um, através do telefone ou via página do Facebook pode encomendar por preços que variam entre os 3,5 euros e os cinco euros a dúzia, os deliciosos rissóis cujos criadores têm o sonho e o objetivo de chegar aos quatro cantos do mundo. "Mas sem nunca esquecer algo muito importante: o fabrico artesanal", conclui o empreendedor.
Consulte o catálogo da Rissolândia.
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