Procifisc: internacionalização começou pelos países onde se fala português
Já lá vão 11 anos desde que, em Idanha-a-Nova, o empreendedor Filipe Lourenço arrepiou caminho e decidiu colocar em prática o projeto que tinha em mente. Um projeto que tem vindo a crescer de forma consolidada e que até já mantém negócios com países de quatro continentes. Estamos a falar da Procifisc , uma empresa especialista em Projeto, Fiscalização de Obras e Consultadoria Técnica. Mas não foi sempre assim e o mentor de todo o projeto explica.
"Foi com serviços de Engenharia e Arquitetura que a Procifisc começou. Eu vinha de um projeto familiar que não correu muito bem. Tinha algumas ideias em mente e decidi arriscar e colocá-las em prática”, explica Filipe Lourenço em conversa com o VerPortugal.
A pouco e pouco a empresa da pequena vila de Castelo Branco foi ‘desbravando caminho’ não só com o intuito de alargar a atividade à prestação de outros serviços mas também na ânsia de ultrapassar as fronteiras de Portugal e ganhar clientes em diversos países do Mundo. E não é que pouco mais de uma década volvida, a Procifisc já tem clientes em quatro continentes e está em vias de alargar a lista de clientes. Enfim, um caso de sucesso que tem na retaguarda muita dedicação, trabalho e, claro, alguma sorte à mistura.
Solidariedade é palavra de ordem
Filipe Lourenço não nasceu em berço de ouro e para "ser alguém" foi obrigado a crescer a pulso. Por isso, levou a Procifisc a ter uma política ligeiramente diferente da esmagadora maioria das empresas: a de distribuir parte dos lucros por quem mais precisa. “É a nossa filosofia até porque o mundo empresarial tem de ser uma alavanca do Estado Social. Vemos isso como uma premissa presente”, refere o CEO da Procifisc aproveitando para apontar a Unicef como uma das instituições/organizações com quem teve o privilégio de manter contato enquanto empresário estabelecendo protocolos para o desenvolvimento de atividades cujo intuito é ajudar quem precisa. "Algumas das atividades foram desenvolvidas em São Tomé e Principe”, acrescenta.
A nível da Educação, a especialista em Projeto, Fiscalização de Obras e Consultadoria Técnica, também atua. Não para ensinar nas salas de aulas mas para, através de protocolos estabelecidos, promover troca de experiências. “É muito importante que se perceba que hoje o conhecimento que tem deve estar no mundo empresarial, numa empresa para se perceber se pode ou não vingar. As reflexões internas não acabam por racionalizar custos. Nas empresas é que se colocam as ideias em prática e não nas universidades”, acrescenta no decorrer da conversa tida com o VerPortugal.
Internacionalização onde se fala português
E porque para crescer, as empresas precisam de estabelecer contato com o estrangeiro, a Procifisc decidiu, até porque Filipe Lourenço é uma personalidade com responsabilidades dentro do CPLP, começar pelos países onde se fala português.
"Neste momento estamos presentes em quatro continentes sendo que, na Ásia tentamos a internacionalização em Timor, Indonésia e Malásia. Temos ainda algumas ramificações para o Vietname. A nível do médio oriente estamos nos Emirados Árabes Unidos, República da Arábia Saudita. México, República Dominicana e Colômbia também estão na nossa mira. O Brasil é já um namoro que dura desde 2012 e até já lá temos escritório em S. Paulo. África é talvez o continente onde temos mais trabalho de campo feito. Desde o Quénia a Marrocos passando pelo Senegal, Angola, Mauritânia e até Namíbia. A todos estes países estamos atentos e em cada um deles temos lançadas sementes”, refere o empreendedor.
A Procifisc tem atualmente 10 funcionários. Um deles admitido recentemente para a área comercial . Fala-se de José Couto. Com esta contratação, a Procifisc passa a ter nos seus quadros um nome de referência no desporto de alta competição em Portugal. José Couto ex-nadador olímpico abraçou o desafio da representação comercial da Procifisc, onde irá utilizar todos os conhecimentos adquiridos ao longo de vários anos de competição desportiva ao mais alto nível, para levar o nome da empresa a todo o mundo.
"A contratação de José Couto para a empresa, é uma mais-valia, pois acrescenta valor à equipa e traz para o seio da PROCIFISC um exemplo de motivação, que poderá ajudar ainda mais na conquista de novos mercados”, diz Filipe Lourenço deixando claro que para trabalhar na empresa de consultadoria especializada em Arquitetura e Engenharia só “é preciso ter vontade de trabalhar e ser humilde”.
Novos projetos para Angola
Há novos projetos para Angola e o encontro recente com governantes angolanos prende-se com o fato de considerar ser "o timming ideal uma vez que está prestes a haver mudanças políticas. A Procifisc pretende continuar na linha da frente para poder realizar os projetos que traça”, explica Filipe Lourenço sem levantar o véu sobre as novidades. No entanto garante que todos os projetos se prendem com a vontade que temos de levar o bom nome de Portugal além fronteiras. Por enquanto, delicie-se com os que já foram efetuados.