A aplicação Play Kachi "consiste na aventura de Kachi e seu amigo Doei que, perdidos na galáxia do fogo, danificam o reator da sua nave tendo de percorrer cinco planetas para conseguirem voltar a casa", explicaram as responsáveis pelo projeto à Lusa.
Nos diferentes desafios, em cada planeta, é abordado um tópico do programa de matemática, incluindo matérias como a geometria, a estatística, os números naturais, racionais, as medidas e as operações.
Em declarações à Lusa, Teresa Fernandes e Isabel Oliveira, antigas estudantes de Informática da UPT, explicaram que resolveram aproveitar a "apetência que as crianças demonstram pelas novas tecnologias e pelos videojogos" para combater as dificuldades no estudo da matemática.
A ideia para a criação da ferramenta, proveniente da "experiência pessoal e profissional nas áreas da educação e formação" das promotoras, surgiu em 2007/2008.
No entanto, só em 2014 conseguiram avançar com o projeto, depois de participarem no concurso nacional de empreendedorismo "Acredita Portugal", onde chegaram à meia-final, entre 14 mil iniciativas.
A Lusa escreve que a escolha para o nome deveu-se ao facto de se "pronunciar facilmente" em diferentes línguas e ao desejo que as criadoras sentem de internacionalizar a ferramenta.
Kachi em japonês significa "aventureiro, o que está em sintonia com o enredo da história do jogo", explicaram à agência de notícias.
Com esta ferramenta, as criadoras pretendem "demonstrar aos mais jovens que o estudo e diversão podem andar de mãos dadas", promovendo "a autonomia do aluno e a interação com a família através de uma experiência partilhada".
Brevemente, planeiam inserir na aplicação os conteúdos do segundo ciclo de matemática e alargar para as disciplinas de estudo do meio, geografia e história e português.
Outro dos objetivos é lançar a aplicação em alguns países lusófonos, como é o caso do Brasil, de Angola, de Moçambique e de Cabo Verde, bem como fazer a tradução dos conteúdos para inglês, espanhol e francês.