‘Passagem Reserva 2015’: acabado de lançar e de ser eleito o "Melhor Branco" do Douro Superior

Está já a chegar ao mercado nacional e internacional o ‘Passagem Reserva branco 2015’, o precioso néctar da Quinta das Bandeiras que acaba de conquistar nada menos do que o prémio de “Melhor Branco” na quinta edição do ‘Concurso de Vinhos do Douro Superior’, realizado este sábado, dia 21 de maio, no âmbito do ‘Festival de Vinho do Douro Superior 2016’, em Vila Nova de Foz Côa.
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Foram ainda premiados no referido concurso mais dois vinhos desta Quinta, ambos na categoria de ‘Vinho do Porto’: o ‘Passagem LBV 2010’, com uma ‘Medalha de Ouro’, e o ‘Passagem Vintage 2011’, com uma ‘Medalha de Prata’. Ao todo foram provados cerca de 150 vinhos, por um painel 37 jurados, que elegeram os melhores nas categorias de branco, tinto e vinho do Porto. Para além dos três “Melhores”, foram ainda atribuídas 48 medalhas: 19 de ouro e 29 de prata.

No total dos 51 premiados, os vinhos ‘Passagem’ receberam três galardões. Uma excelente prestação para os néctares da Quinta das Bandeiras, uma quinta e um projecto de vinhos no Douro Superior, que resulta de uma joint venture entre a família Bergqvist (Quinta de la Rosa) e o enólogo Jorge Moreira (proprietário da Quinta do Poeira e do M.O.B. e profissional na Quinta de la Rosa e na Real Companhia Velha). 

‘Passagem Reserva branco 2015’: uma excepcional relação qualidade e preço 

O ‘Passagem Reserva branco 2015’ caracteriza-se, no nariz, por revelar notas de fruta branca, película de uva e quartzo. Na prova de boca mostra-se bastante expressivo, revelando um ataque muito rico, compensado por nuances fenólicas e excelente acidez. Equilibrado e muito longo, este vinho está a dar os primeiros passos da sua longa vida.

Na base conceptual deste ‘Passagem Reserva Branco 2015’ esteve a intenção de produzir um vinho que expressa o terroir, objectivo que foi plenamente alcançado. É um vinho tradicional e menos aromático, em comparação com alguns brancos que podem ser encontrados hoje no mercado, mas, simultaneamente, fresco e moderno. O estilo dos brancos da Quinta das Bandeiras / Passagem Wines assenta numa boa acidez, estrutura e mineralidade; todos os anos são produzidas pequenas quantidades deste néctar das mesmas vinhas com o mesmo tipo de vinificação.

A fantástica qualidade de uvas na vindima de 2015 apanhou toda a gente de surpresa, até porque a falta de água durante boa parte do ano levou a temer pela produção. A boa notícia é que a fruta sobrepôs-se a este stress e entrou na adega com elevada qualidade. Tudo isto levou a que ao fazer o Passagem a abordagem fosse diferente da habitual. O mosto ficou 24 horas em contacto com a película, passando depois para barricas de carvalho francês, onde estagiou por aproximadamente sete meses. O vinho foi engarrafado em Maio de 2016. Foram produzidas 2800 garrafas.

De uma forma geral, os vinhos que nascem na sub-região do Douro Superior caracterizam-se por serem frutados, aromáticos e expressivos. Assumidamente de terroir, os ‘Passagem’ são expressivos, directos e elegantes q.b.. A filosofia do enólogo Jorge Moreira passa por analisar a vinha, captando o seu potencial, e a partir daí desenhar vinhos com um estilo próprio tirando o maior partido do que as uvas têm para dar. 

Quinta das Bandeiras

Sophia Bergqvist e Jorge Moreira, os rostos do projecto vitivinícola Quinta das Bandeiras, trabalham juntos desde 2002, altura em que Jorge se tornou enólogo da Quinta de la Rosa, propriedade duriense que está na posse da família de Sophia desde 1906 e de onde nascem vinhos do Douro e Porto com o mesmo nome.

Ávidas por novos desafios, as famílias Bergqvist (Quinta de la Rosa) e Moreira (Poeira) embarcaram numa fifty-fifty joint venture em 2005. Com o seu projecto familiar encaminhado, era um sonho de Jorge Moreira criar vinhos no Douro Superior, sub-região que oferece um maravilhoso contraste em relação ao Cima Corgo, onde está instalada a sua Quinta do Poeira (Provesende) e a Quinta de la Rosa (Pinhão). Como entusiasta empreendedor, Tim Bergqvist – pai de Sophia – “comprou” a ideia e investiu na aquisição da Quinta das Bandeiras, uma propriedade de 100 hectares localizada no concelho de Torre de Moncorvo, na sub-região do Douro Superior: junto ao rio Douro e na margem oposta à famosa Quinta do Vale Meão.

Quando foi adquirida, possuía apenas sete hectares de vinha (velha), tendo sido plantados 25 hectares na parte de baixo da quinta, mesmo junto ao rio, com a maior predominância de Touriga Nacional e Touriga Franca. No terreno existe uma casa e uma bonita capela, cuja recuperação será o próximo passo.

O nome ‘Passagem’ tornou-se apropriado por várias razões: existe uma linha de comboio com uma passagem de nível abandonada na propriedade; passagem representa também a troca de experiências e vivências no Douro de duas famílias bem distintas, uma inglesa e outra portuguesa. Uma ‘Passagem’ iniciada em 2005, mas cujo primeiro vinho foi lançado em 2008, precisamente um tinto de 2005.

 

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