Incubadora da Riopele já é berço de cinco startups

A incubadora de empresas da Riopele, Famalicão, foi inaugurada ontem, segunda-feira, e já é berço de cinco startups. São elas a Axfilia, a Kortex, a My New Idhea, a Swop Group e a Weproductise. A Famalicão Made Incubar - Industria é a única do género em Portugal e nasceu de um protocolo entre o município e a histórica empresa do setor têxtil.
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“Esta incubadora é um projeto virtuoso que acrescenta valor à indústria”. O autor desta afirmação é o Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional que, acompanhado pelos principais protagonistas da história que está por detrás deste conceito, Paulo Cunha e José Alexandre Oliveira, inaugurou esta segunda-feira, 13 de julho, na histórica empresa têxtil Riopele, em Vila Nova de Famalicão, uma incubadora de projetos empresariais única no país.

Famalicão Made INcubar – Indústria, singular na forma como articula o lançamento de novas ideias de negócio nos domínios da indústria e dos serviços de apoio à atividade industrial  num ambiente empresarial já ativo, é, na opinião de Miguel Poiares Maduro, “muito mais do que um espaço físico, um verdadeiro ecossistema para o empreendedorismo, a inovação e as competências”, oferecendo às startups incubadas o “ambiente propício para que possam crescer”.

O governante considerou mesmo esta incubadora de empresas como “um exemplo do que deve ser uma parceria público-privada e do papel que os municípios devem ter no futuro”. Razão pela qual apontou o concelho famalicense e a Riopele como exemplos, que“contribuem fortemente para a recuperação económica que o país iniciou”.

Incentivar novos projetos industriais, criar emprego, diversificar o tecido industrial e dinamizar a economia em estreita colaboração com o melhor do tecido empresarial de Famalicão, os centros de investigação e o apoio facilitador do município. Paulo Cunha acentuou a tónica da sua intervenção na importância de um “clima de compromisso” entre os vários sectores sociais para que exista no concelho “um ecossistema empreendedor nas diferentes áreas que caracterizam o seu tecido económico”. “É neste contexto de rede que acontece o sucesso do projeto coletivo”, afirmou.

Aliás, o edil reiterou a ambição de transformar o território famalicense num concelho mega incubador de empresas em áreas-chave para o tecido empresarial através da criação de vários pólos temáticos de incubação.

Berço de ouro

A Riopele é o berço de ouro desta nova estrutura de incubação e aceleração de ideias de negócio inovadoras e com valor acrescentado. Com a chancela do programa Famalicão Made IN desenvolvido pela Câmara Municipal, a infraestrutura nasce da requalificação dos antigos serviços administrativos da Riopele, num investimento de cerca de 100 mil euros totalmente suportado pela empresa têxtil.

“Vamos abrir uma janela de oportunidade a novas ideias e a indústria vai ganhar com esta interligação entre uma empresa com tradição e projetos que trazem sangue novo ao mundo dos negócios”, sustenta José Alexandre Oliveira, que assim espera um“casamento perfeito” entre a longevidade de 88 anos da Riopele e a energia das jovens empresas. 

O empresário diz mesmo que esta incubadora de empresas “é um exemplo que o país devia replicar” e mostrou-se “totalmente disponível” para partilhar o seu vasto know-howempresarial com os empreendedores e assim contribuir para o sucesso dos projetos incubados.

Presente nesta sessão esteve também o presidente da CCDR-N, Emídio Gomes, que elogiou a “excelência” dos projetos incubados e lembrou que “o futuro do país passa pela aposta na evolução da economia sustentada na criação de valor”.

As cinco startups

As cinco startups que já beneficiam do ambiente empresarial forte e carregado de saber acumulado proporcionado pela Riopele apresentaram ontem os seus projetos perante uma plateia onde se contavam dezenas de empresários e agentes locais e regionais, bem como representantes de instituições como a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, a AEP – Associação Empresarial de Portugal, a Universidade Lusíada de Famalicão e o CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário.

A incubadora está instalada numa área com cerca de 800 metros quadrados. A total mobilidade dos escritórios construídos em madeira onde as startups estão instaladas é a imagem de marca do conceito. 

AXFILIA: desenvolve vestuário de proteção individual com características inovadoras, conjugando diferentes áreas tecnológicas com a componente têxtil, aliadas a um nível de produção sustentável e competitiva.

KORTEX: está a desenvolver uma plataforma para promover a combinação de "Big Data" e "Internet das Coisas" aplicada à indústria, procurando dar às organizações ferramentas de apoio à gestão de utilização simples em diferentes áreas, da eficiência energética à gestão e otimização de processos produtivos.

MY NEW IDHEA: desenvolve produtos ecológicos e inovadores para bebés e crianças: absorventes derivados de bambu, toalhetes secos de limpeza biodegradáveis, bem como fraldas diárias descartáveis e fraldas noturnas reutilizáveis. São produtos com elevado know-how técnico e desenvolvidos a partir das novas tecnologias têxteis.

SWOP GROUP: desenvolve soluções tecnológicas nas áreas do web design, design gráfico, marketing web, redes sociais, desenvolvimento e programação, investigação tecnológica e soluções. Um dos seus projetos é uma plataforma web que funciona como uma rede social de subcontratação para a indústria metalúrgica.

WEPRODUCTISE: desenvolve serviços de design, engenharia e comunicação de bens de consumo. Em quatro marcas diferentes, oferece serviços de design conceptual e de produto, prototipagem e maquetes, produção e acompanhamento da produção.

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