Jovens transmontanos apresentam seis azeites em Lisboa

E para cada azeite o chef Leopoldo Garcia Calhau criou um petisco, um prato ou um doce. A festa está marcada para as 18h30 de amanhã, terça-feira, no Café Garret, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa. Tudo isso combinado com vinhos de Trás-os-Montes e da região de Lisboa e com uma aula de olivicultura informal orientada por Francisco Pavão. Conheça os YEP – Os Young EVOO Producers.
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Se o azeite é hoje um produto de moda isso deve-se, em grande parte, ao esforço de milhares de olivicultores de pequena e média dimensão que insistem em cuidar dos seus olivais por todo o País.

E se há uma região com carácter e identidade e que teima em desafiar as regras pouco amigáveis do mercado (lançando novas marcas que brilham nos concursos nacionais e internacionais), essa região é Trás-os-Montes, onde se juntam as condições climáticas perfeitas para a cultura do azeite. Variedades de azeitonas autóctones, clima, solos, orografia e muito conhecimento histórico. Estes são os trunfos dos azeites do nordeste transmontano.

Donde, por causa de tudo isso, e tendo em conta a necessidade de criação de massa crítica para a competição no mercado interno e externo, nove jovens olivicultores de Trás-os-Montes juntaram-se e, com seis marcas distintas de azeite, criaram o projeto YEP – Young EVOO Producers, que em português traduzimos por Jovens Produtores de Azeites Virgem Extra (EVOO é a sigla em inglês para azeite virgem extra).

Os jovens produtores são Francisco Mendonça e Moura e Bernardo Eiró, pela marca "2 à Tua"; Edgar Morais, pelo azeite "Caixeiro"; Francisco e António Pavão, pela "Casa de Santo Amaro"; Conceição e António Manso, pela marca "Casa Valpereiro", Pilar Abreu Lima, pelo "Magna Olea" e Francisco Rocha Pires, pelo azeite "Montalverne".

O projeto YEP suporta-se em cinco valores: Ambição, Confiança, Diversidade, Irreverência, Paixão e a Qualidade.

Se cada um destes conceitos se apreende com facilidade é fundamental realçar que estamos perante agricultores comprometidos com o conceito Farm-to-Table. Os jovens agricultores YEP não compram azeites em lagares para embalar com marca própria. Eles transformam as azeitonas dos seus diferentes olivais – com micro terroir específicos – e assumem que cada garrafa de azeite é um presente que sai da terra. Com muito esforço.

No projeto YEP há biólogos, arquitetos, professores universitários, advogados, gestores, dirigentes e associações agrícolas ou designers, mas todos estão genuinamente comprometidos com a agricultura.

Quando compramos um azeite YEP estamos não só a retirar prazer de um produto de grande qualidade (todos com o selo de Denominação de Origem Protegida Trás-os-Montes) e com grande valor nutricional, como também a contribuir para a defesa do mundo do rural, do emprego, do ordenamento do território, do património e da coesão nacional.

Numa garrafa YEP há muito mais do que azeite. Há sabor, há história e respeito pela natureza. Hoje, o projeto YEP está apenas focado em Trás-os-Montes, mas é desejo dos seus responsáveis estender-se pelo país. O projeto YEP vai dar aos portugueses e ao mundo azeites genuínos, perfeitos, fiáveis e com identidade nacional.

Na próxima terça-feira, venha conhecer seis grandes azeites portugueses e outras tantas criações do Chef Leopoldo Garcia Calhau, no Café Garret (Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa). Venha conversar com a nova geração de olivicultores portugueses e, de caminho, assistir a uma aula informal de olivicultura orientada por Francisco Pavão.

 

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