Moho: carteiras em pele de vaca de Lisboa para o Mundo

São de pele oriunda de Alcanena. Foram projetadas por uma empreendedora de Lisboa. Integram a lista de criações da Moho, a nova marca de carteiras lançada no mercado a 6 de outubro. Para venda estão disponíveis oito modelos em três tamanhos (pequenas, grandes e pastas unissexo). Ao fim de duas semanas, metade das carteiras em grande parte confecionadas de forma manual já foram vendidas e as encomendas estão sempre a chegar.
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Monho. Assim se chama a nova marca de carteiras nascida pelas mãos de Rita Santos, uma empreendedora de Lisboa que adora carteiras. Os produtos da marca foram lançados no mercado há cerca de duas semanas mas há muito que a mentora alimentava o sonho de ter uma marca de carteiras. Um sonho que já se tornou realidade e que, a avaliar pelo sucesso que está a fazer junto dos consumidores, promete dar muito que fazer.

"Queria algo que fosse discreto, que pudesse ser usado em todas as circunstâncias, e que a qualidade fosse a melhor possível" - explicou em entrevista ao VerPortugal Rita Santos. Por isso e apesar de ter uma vida muito preenchida, ainda arranjou tempo para pesquisar, desenhar, procurar as melhores matérias-primas e os melhores locais para produzir as suas carteiras. Foi em Alcanena que encontrou as melhores peles, de vaca, para dar 'vida' às carteiras Moho. Também foi lá que encontrou o melhor local para as confecionar. "Mas tudo é pensado por mim com a ajuda da minha família, nomeadamente da minha filha mais velha que me ajuda muito em termos de logística" - explica Rita Santos dando nota de que os modelos, esses, são desenhados por si com base em pesquisas que vai fazendo na Internet.

"Adoro carteiras e sempre tive o cuidado de comprar pela qualidade e não por ser o último grito da moda. Prefiro uma carteira boa, bem feita, com bons acabamentos, que não seja espalhafatosa, que seja sóbrio e permita ser usada em todas as ocasiões. Por isso decidi criar para os outros aquilo que gosto para mim" - acrescenta a empreendedora dando nota de que até ao momento todo o dinheiro amealhado é para investir no negócio.

No mercado foram então colocados oito modelos diferentes de carteiras Moho. Todas elas são de design simples. Existem em três tamanhos: grandes, pequenas e em formato de pasta unissexo. A primeira fornada de carteiras foram criadas em tons de castanho. "Um castanho mais claro e um outro mais escuro. Algumas são de pelo de vaca. Ainda não introduzi o preto e, dentro de dias, serão colocadas no mercado carteiras em tom toupeira" - revela Rita Santos para quem "é importante que o utilizador de uma carteira Moho a possa usar com todo o tipo de roupas e em todas as ocasiões. Isto porque dada a elevada qualidade das carteiras, o valor é um pouco elevado pelo que não considero que seja viável colocar no mercado muitas cores porque o cliente não iria comprar, certamente, uma para cada roupa" - refere a mentora do projeto.

A esmagadora maioria do processo de confecção é feito de forma manual o que permitirá, no futuro, garantir a entrega de um modelo mais antigo a pedido do cliente, mesmo que para o ter tenha de pagar um pouco mais. Neste momento, as malas estão à venda em duas lojas de Lisboa, uma das quais situada no Príncipe Real. Um terceiro ponto de venda é através da página de Facebook da Moho. "Ainda não tenho showroom próprio nem site, mas essa falta não tem sido impedimento para as vendas até porque cerca de metade da produção já foi vendida para o mercado nacional" - explica Rita Santos enquanto revela que a carteira mais barata custa 79 euros e a mais cara ronda os 150 euros. A pasta, essa, custa 175 euros porque para além de ser maior e de ter outro design a matéria-prima usada é uma pele vintage. "É uma pele que fica mais bonita à medida que a pasta vai ficando mais velha", explica ao VerPortugal.

Um dos motivos pelos quais Rita Santos se mostra cada vez mais entusiamada com o projeto, que não é a sua fonte de sustento já que este é apenas um projeto de 'tempos livres', é o fato de ter sentido apoio por parte de toda a família e por em pouco mais de duas semanas o feedback por parte do público estar a ser muito positivo. Por isso, a empreendedora de Lisboa, já pensa na coleção de verão. Uma coleção que também será composta por modelos sóbrios mas no caso da pasta, esta poderá ter uma imagem mais refrescada já que os pedidos desde modelo têm sido imensos. "Mas nunca vou fugir do conceito inicial que é o de ter qualidade máxima" - acrescenta.

Apesar de ainda ser muito cedo, Rita Santos, não coloca de lado a possibilidade de, no futuro, poder integrar nas suas coleções outro tipo de produtos que possam servir, ou não, de complemento às carteiras "confeccionadas com matéria-prima 100 por cento made in Portugal".

 

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