Mondas: o acessório removível para sandálias com conceito único no mercado

O conceito é único e diferenciador. Adriana Coelho, designer do Porto, decidiu lançar-se na área do calçado e criou a Mondala. Uma marca portuguesa de calçado especializada em sandálias que primam por poderem ser alteradas. Para tal basta aplicar Mondas, um acessório removível, que faz parecer que tenha vários pares com apenas um.
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Mondas é um novo produto da autoria de Adriana Coelho. Antes deste novo produto, o que andou a estilista a fazer?

A Mondala é uma marca portuguesa de calçado especializada em sandálias, criada por mim. As Mondas são o acessório removível que se aplicam nas sandálias e que lhe conferem um conceito diferenciador e único no mercado. Antes desta aposta, o meu foco esteve na criação de roupa, acessórios e objetos de decoração, algo que continua a fazer parte do meu percurso. 

Porquê adicionar a área do calçado ao seu portfólio?

Criar e viajar são duas das minhas paixões. Nas viagens que faço tenho sentido a necessidade de encontrar uma solução mais prática ao nível do calçado que me permitisse levar menos pares mas sem abdicar do conforto e da possibilidade de conjugar com aquilo que queria vestir. Então acabou por ser um passo natural. Depois de roupa, acessórios e objetos de decoração, decidi criar a solução para uma necessidade própria mas, desta vez, transformá-la numa marca acessível ao público.

O que têm de diferente as Mondas? Porque considera que fazem parte de um conceito pioneiro de sandálias?

A personalização é uma tendências nas mais variadas áreas e o calçado não é de facto uma exceção. No entanto, a ideia de com uma mesma base ter a possibilidade de alterar a sua "decoração” e aspecto superior (parte de cima), de personalizar de forma exclusiva, e feito à mão, que eu saiba, ainda não existia. Daí a Mondala ter implementado no mercado um conceito pioneiro.

Que matéria-prima é usada no fabrico?

A base das sandálias é feita em pele e couro e são produzidas em fábricas de calçado de Felgueiras e de São João da Madeira. A matéria-prima das Mondas vem um pouco de todo o mundo! De Portugal temos as sirgarias e as peles, do Brasil trouxe conchas, beijinhos e búzios , do Peru as fitas etnicas (também elas produzidas de forma artisanal), da Turquia pedras e medalhas, de Itália alguns tecidos, de França aplicações metálicas, de algumas partes de África madeiras e metais, trabalhados à mão, entre outros.

Que métodos foram usados para colocar o produto no mercado?

A plataforma de vendas é sobretudo online. O nosso site está preparado para receber encomendas de qualquer parte do mundo e, evidentemente, fazê-las chegar com todas as condições. Durante todo o ano há sol em várias partes do mundo e é aí que a Mondala quer estar. No que diz respeito a pontos de venda físicos, neste momento temos dois: o atelier no Porto (Rua João Oliveira Ramos, n.º 87) onde, mediante marcação por email ou telefone, pode-se não só comprar os produtos como também personalizar as Mondas; e um espaço em Lisboa (Embaixada Workshop Pop Up Praça do Príncipe Real, n.º 26). Em paralelo, estivemos já presentes em alguns mercados urbanos e temos intenção de continuar essa aposta que tem gerado bons frutos. Nos dias 13 e ‪14 de agosto vamos estar no Palace Market – Tropical Summer, em Vilamoura. Em setembro, nos dias 21 e 22, estaremos no Modtissimo, na Alfândega do Porto. E outros eventos certamente se seguirão.

Já foram vendidos muitos pares?

 A marca está agora a ser lançada e, como é natural, os números são ainda pouco expressivos. Ainda assim, neste curto espaço de tempo, vendemos já mais de três dezenas de pares.

Quantos modelos integra a primeira coleção?

A primeira coleção Mondala é composta por dois modelos de sandálias: as rasas e as de salto alto. No que a Mondas diz respeito, temos já disponíveis cerca de 18 modelos disponível para venda.

Pensa criar outros modelos? De inverno, por exemplo?

 Tencionamos, desde logo, alargar a gama de sandálias e a médio/longo prazo criar soluções para outras estações do ano.

Porquê nomes como Peru, Brasil e Turquia?

A referência a estes países relaciona-se com o facto de os ter visitado e deles ter trazido alguns materiais com os quais pude criar alguns modelos de Mondas. Foram verdadeiras fontes de inspiração e criatividade.

Até onde chegam as Mondas? Já passaram fronteiras?

Até ao momento, e como é natural, estamos a vender maioritariamente para o mercado nacional. A nível internacional vendemos já para a China, Inglaterra e Espanha.

A Mondala já criou postos de trabalho?

Mondala é composta atualmente por uma equipa de cinco elementos.

Este projeto é a única fonte de rendimento?

O meu foco, tal como o de toda a equipa, nesta fase está unicamente na Mondala, na criação de novas Mondas e na ampliação da gama.

Qual o feedback por parte de quem tem Mondas?

O feedback tem sido extremamente positivo e muito gratificante. As pessoas fazem referência imediata ao conforto que sentem com as nossas sandálias, bem como o quão prático e rápido é mudar as mondas e fazer a combinação com diferentes roupas. Agora na altura das férias, sublinham também que vão com a mala mais leve graças a esta opção.

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