Como nasceu a Bolos Ilustrados da Andreia?
O início deu-se há 25 anos. Nessa altura ainda não havia pasta de açúcar em Portugal. Mas o prazer de oferecer ao meu sobrinho mais velho um bolo que nunca esquecesse, levou-me a usar massapão na sua confeção. Gostei do que fiz e decidi continuar a criar e a desenvolver esta arte.
A mentora do projeto fez alguma formação a nível de pastelaria/restauração ou podemos considerá-la autoditata?
Não recebi qualquer formação. Sou, por isso, autodidata.
Em que se inspira para as suas criações?
Na história do cliente, nos seus gostos e nas suas paixões.
Elas destinam-se (em termos de bolos) aos mais pequenos ou também aos graúdos?
A todos. Já fiz bolos para recém nascidos e para uma senhora de 93 anos. Também vejo os meus serviços serem contratados para empresas e eventos.
Qual a criação mais difícil que teve de fazer até hoje? E qual a que lhe deu mais gozo?
Não sei nomear a mais difícil...Tenho várias que gostei especialmente, como a chuteira, o dálmata, uma mala, o "pão-de-forma", o sapato de ballet...são tantos!
Quem a ajuda neste projeto, ou seja, quem é o seu braço direito?
Tenho algum apoio no marketing, mas só eu ponho as "mãos na massa".
É a sua única atividade? Com ela já conseguiu criar postos de trabalho ou não tem sentido essa necessidade, de ajuda extra?
Esta não é a minha única atividade. Desenvolvo o projeto "Gastroformas" em parceria com o restaurante "Tudo aos Molhos", entre outras coisas. A ajuda extra seria, por vezes, bem vinda, mas apenas no processo de confeção do bolol. Na criação e na decoração não dá, porque eu concebo (na minha cabeça) uma ideia geral do que vou fazer, e desenvolvo-a enquanto decoro, como qualquer criação artística.
Recentemente foi desafiada para criar, para o Tudo aos Molhos, algumas gastroformas. Como reagiu, inicialmente, ao convite?
Muito bem! Gosto de criar e este projeto deu-se essa oportunidade. Sendo um desafio interessante é, também, importante para o comércio local.
O que lhe foi mais fácil fazer: os sapatos, os lápis ou os chapéus? Que passos deu ao longo do desenvolvimento de cada um dos projetos?
O mais fácil de fazer foi o lápis. O primeiro passo é sempre pensar muito, imaginar as formas, como "encaixar" os ingredientes que queremos utilizar e, com os conhecimentos que temos, os comportamentos de cada ingrediente no processo. Depois é pôr mão à obra e testar o que concebemos. Por vezes dá certo. Outras vezes é necessário fazer ajustes ou alterações.
Qual a gastroforma que vem a seguir?
Estamos a trabalhar nas passamanarias (etiquetas)e no logotipo do Turismo Industrial.
Considera que esta é uma das formas de divulgar o que de mais caraterístico existe em cada terra?
Esta é uma forma encontrada para um local sem tradição gastronómica. Desta maneira poderemos criar uma tradição com contornos diferenciadores.
Qual o feedback por parte de quem saboreia a sua arte?
Muito positivo e encorajador!
Quem é, afinal, Andreia?
A Andreia..., sou eu...