Diogo Lage conta que a sua fotografia foi "um acaso, numa tarde em que me encontrava a trabalhar”. O reflexo do edifício Silo Auto num terraço submerso fez a sua atenção despertar. Pegou no telemóvel, deitou-se no chão, para conseguir o ângulo certo, e fotografou aquele “vislumbre” que estava mesmo à frente dos seus olhos.

Natural de Valpaços, Diogo Lage nasceu a 25 de março de 1973 e desde cedo soube que a sua paixão seriam as artes. Depois de ter passado pela Escola Secundária Ginestal Machado, em Santarém, ingressa no curso de Design Industrial, na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, onde esteve durante três semestres. Em 1994 entrou na Faculdade de Arquitectura da Universidade Lusíada do Porto, onde espera terminar a licenciatura em Arquitectura. Actualmente, é sócio do Estúdio Goma que se dedica à consultoria e logística em diversas áreas, nomeadamente na  Arquitectura.

"Fiquei emocionado com o reconhecimento do meu trabalho fotográfico. Pela primeira vez ganho um prémio com esta projecção e impacto e é uma grande honra ficar associado a uma iniciativa da OASRN” - refere o vencedor.

O júri do Concurso atribuiu ainda duas menções honrosas. Ana Aguiar aproveitou uma manhã chuvosa para fotografar o Flatiron Building, em Nova Iorque, e Andrea Barros eternizou um outro prima da nova sede da EDP, em Lisboa.

Estas e outras fotografias, num total de perto de 100 imagens, estarão em exposição até 31 de outubro, no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Arquitectura.

No total, foram mais de 400 as fotografias submetidas a concurso, e que retrataram várias cidades espalhadas pelo mundo, tais como Berlim, Dresden, Londres, Brasília, Rio de Janeiro, Amesterdão, Kirchberg, Budapeste, Roma, Barcelona, Tokyo, Quioto, Paris, Nova Iorque, Viana do Castelo, Porto e Lisboa.

Aberto a toda a comunidade nacional e internacional, a segunda edição do Concurso de Fotografia «Outro Prisma» decorreu entre 2 de maio e 31 de julho 2015 no sob o tema "Arquitectura Reflectida”. Esta iniciativa pretendeu descobrir novos enquadramentos e novos prismas da obra arquitetónica. O objetivo era realçar, de modo artístico e criativo, os reflexos, redescobrindo a arquitetura, de uma forma indirecta.