Quarteto de Cordas e dois festivais de música são as novas apostas culturais em Guimarães

A criação do Quarteto de Cordas de Guimarães, a estreia do Festival de Música Religiosa de Guimarães no período da Páscoa e a primeira edição do festival de ‪música erudita “Guimarães Allegro” no verão de 2016 são os mais recentes projetos culturais da Câmara Municipal de Guimarães.
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O Quarteto de Cordas de Guimarães, que integra os violinistas Emanuel Salvador e Gaspar Santos, a polaca Emília Goch e a violoncelista Catarina Gonçalves, é um projeto inovador de residência artística que irá desenvolver uma oferta constante na área da música de câmara a partir de Guimarães. Ao longo deste ano, decorrerão quatro residências artísticas que terminarão com a realização de dois concertos nos meses de março, junho, setembro e dezembro.

A primeira atuação em cada um destes meses será na cidade, enquanto a segunda decorrerá no concelho, no dia seguinte, no âmbito do programa ExcentriCidade. O Quarteto de Cordas tem como principal objetivo a promoção de Guimarães "como plataforma de criação própria" que servirá de embaixador da cidade, tanto em Portugal como no estrangeiro. "Uma das possibilidades de internacionalizarmos este projeto é através das geminações que Guimarães tem com diversas cidades", referiu o músico vimaranense Emanuel Salvador.

Festa da música erudita

A primeira edição do Festival de Música Religiosa de Guimarães, com direção artística de José M. Pedrosa Cardoso, organizado pela Câmara Municipal, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Guimarães e a Sociedade Musical de Guimarães, decorrerá de 13 a 26 de março, no período pascal. "O objetivo é atrair mais visitantes durante a Semana Santa, criando um novo percurso cultural com exposições e música sacra e litúrgica», realçou José Bastos, Vereador do Município. "Este evento pretende reforçar a já conhecida vitalidade cultural vimaranense", disse, por sua vez, Armindo Cachada, Presidente da Sociedade Musical de Guimarães.

Já o festival Guimarães Allegro, a realizar-se de 21 a 23 de julho, resulta de uma estratégia cultural com o objetivo de revitalizar a música erudita, nome dado à principal variedade de música produzida ou enraizada nas tradições da música secular e litúrgica ocidental. No primeiro dia, o concerto de abertura estará a cargo da Orquestra de Guimarães, enquanto a 22 e 23 de julho decorrerão ações de rua com a participação de instituições e associações do concelho. No último dia, haverá uma jornada musical “non-stop”, desde o início da tarde até à noite.

"A nossa oferta cultural é para cada um dos vimaranenses e este encontro artístico no espaço público, em especial, vai surpreender as pessoas. A nossa ambição é afirmarmos o estatuto de cidade europeia de cultura. Para isso, contamos com o envolvimento das instituições, com a capacidade e o talento dos nossos músicos e com todas as pessoas de Guimarães, num projeto coletivo que estamos a realizar no período cultural pós-2012", referiu Domingos Bragança, Presidente do Município.

Música orquestral para todos

A Orquestra de Guimarães, dirigida por Vítor Hugo Matos, vai efetuar quatro residências artísticas (março, julho, novembro e dezembro), realizando quatro concertos em 2016, três deles no Centro Cultural Vila Flor, enquanto o espetáculo de verão será no Paço dos Duques de Bragança. "É fundamental Guimarães ter a sua Orquestra para poder divulgar a música clássica, proporcionando experiências de trabalho profissional a jovens músicos", considerou o maestro Vítor Matos.

A Orquestra do Norte, com direção artística de José Ferreira Lobo, iniciará um conjunto de nove espetáculos, em 2016, na Igreja Paroquial de Barco, no dia 18 de março, integrado nas comemorações do 40º aniversário do Grupo Cultural e Recreativo de Barco. Seguem-se concertos no dia 23 de abril, no CCVF, no âmbito das comemorações dos 150 anos da Associação Artística Vimaranense.

Haverá ainda espetáculos musicais em três vilas, mais precisamente a 27 de maio (S. Torcato), 24 de junho (Moreira de Cónegos), 15 de julho (local a definir) e 13 de agosto (Ronfe), incluídos no programa de descentralização cultural “ExcentriCidade”. No último trimestre de 2016, a Orquestra do Norte protagoniza três atuações no âmbito do ciclo de concertos para piano, cujo objetivo é homenagear Helena Moreira de Sá e Costa, pianista, concertista e professora com ligações afetivas a Guimarães.

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