Vasques de Carvalho: o vinho do Dão que já comemorou o 135º aniversário

Dentro de um tonel de madeira estão uns milhares de litros de vinho do Porto cuja colheita foi feita em 1880. O vinho vai agora ser engarrafado em 750 garrafas, feitas à mão, e sairão da posse da família Vasques de Carvalho, na Régua, para casa de quem estiver disposto a pagar cerca de dois mil euros por cada uma das garrafas. Trata-se do novo vinho do Dão que já comemorou o 135º aniversário e que deverá começar a ser comercializado em Setembro.
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A nova marca de vinho só deverá começar a ser comercializada em Setembro próximo pelas mãos do bisneto de José Vasques de Carvalho, mas a apresentação do vinho será feita já dia 26 pelas mãos de António Vasques de Carvalho, durante a Essência do Vinho, no Porto, com quatro preciosidades concebidas ao longo dos últimos três anos. São vinhos tawny: 10 anos (40 euros), 20 anos (80 euros), 30 anos (120 euros) e 40 anos (200 euros), também eles em garrafas feitas à mão, personalizadas e transparentes, para melhor garantir a imediata identificação do tipo de vinho e da cor, justifica Jaime Costa, enólogo premiado e autor de todas estas produções, à comunicação social.

A imprensa dá nota de que tudo começou a ser preparado em 2012, quando António assumiu a herança familiar da produção do vinho, deixou a sua profissão de delegado de informação médica e viabilizou a entrada na sociedade, com metade do capital, de Luís Vale, seu amigo de infância e empresário de outros ramos de actividade.

Nas noticias veiculadas pela comunicação social lê-se que “além dos stocks já existentes na família, o vinho do Porto produzido desde 2000 não foi vendido, até se conseguir chegar aos 150 mil litros de stock mínimo e permanente exigidos por lei a quem quer entrar no negócio - objetivos agora alcançados, através da produção própria, proveniente de vinhas velhas implantadas em cinco hectares, nos socalcos do Vale do Rodo, e da aquisição de uvas a outros produtores. O vinho do Porto representa 80 por cento da produção da empresa”.

Desde 2012, as receitas vieram dos vinhos DOC Douro, com três referências: Oxum (branco e rosé em versão magnum), X Bardos e o topo de gama Velhos Bardos.

A dupla lançou, pelo meio, aguardente DOC Douro, que exigiu uma parceria com o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, para a criação de um regulamento, até agora inexistente, que a certificasse, desde as uvas e o vinho, passando pelos processos de destilação e de transporte. A aguardente está a estágiar e a primeira garrafa sairá em 2016.

O próximo da dupla é no Pinhão. Um local onde a empresa adquiriu dois armazéns, que já pertenceram à Casa do Douro, para os converter no seu polo do enoturismo, com posto de vendas, visitas guiadas e provas, um espaço que só deverá estar operacional em 2017, quando se concluir um investimento de três milhões de euros, ao abrigo do PDR 2020. Neles, impõem-se quatro tonéis gigantes de madeira, cada um com 50 mil litros. 

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