
O fotógrafo açoreano é considerado o português mais premiado na área da vida selvagem, foi distinguido com a fotografia "50 Tons of Me". A imagem retrata um dos cavalos-marinhos que habitam as águas da Ria Formosa, no Algarve, conhecida por ser a maior reserva mundial de duas espécies de cavalos-marinhos do Mediterrâneo e do Atlântico.
Ao site oficial do concurso Nuno Sá disse que "passei 10 dias a mergulhar nesta reserva natural para a National Geographic Portugal no âmbito de um projecto pioneiro entre a Universidade do Algarve e o 'Project Seahorse', que tem reproduzido cavalos-marinhos em cativeiro". Com esta iniciativa pretende-se "reduzir a caça aos cavalos-marinhos selvagens e repovoar as áreas onde as populações destes animais diminuíram ou se extinguiram devido à pesca", refere o fotógrafo dando nota de que "mais de 50 toneladas de cavalos-marinhos são capturados anualmente para fins decorativos e para uso na medicina tradicional oriental".
A edição deste ano do "Underwater Photographer of the Year" contou com a participação de 2.500 trabalhos de 40 países diferentes.
Nuno Sá é formado em Direito. Mas em 2002 trocou as leis para rumar ao arquipélago dos Açores. Lá reside há 12 anos. Para além de ter publicado já seis livros e várias dezenas de artigos em revistas nacionais e internacionais, procura com o seu trabalho chamar a atenção para o caráter único da vida subaquática dos Açores e de Portugal.
Há cinco anos, fundou a primeira produtora portuguesa especializada em imagens subaquáticas, a Atlantic Ridge Productions. Com esta empresa já colaborou como productor, director de fotografia e operador de câmara em produções para diversos canais de televisão nacionais e internacionais.