Realizador João Botelho filma “O Som da Prata” na fábrica da Topázio

No âmbito da celebração dos 140 anos da marca, a Topázio lançou o desafio a João Botelho para filmar a fábrica, onde a arte e o design ganham forma pela mão dos artesãos da prata. O realizador aceitou e partiu à descoberta dos rostos e do som da prata.
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A arte de trabalhar a prata é familiar ao realizador: “Quando eu era muito menino, aos cinco ou seis anos, o meu tio Custódio, na cave da sua casa em Vila Real, de Trás-os-Montes, passava dias e noites inteiras a bater cinzeis de todos os tamanhos e feitios com pancadas milagrosas em folhas de prata. Transformadas em relevos de rosas e anjos faiscavam nos meus olhos inocentes e comoviam-me a alma, que na altura julgava ter. Era um artista da prata!” Por isso, quando recebeu o repto da Topázio, não hesitou em aceitar. “Seis décadas depois eis-me perante dezenas de artistas, mesmo que apoiados em enormes e sofisticadas máquinas, com a mesma delicadeza e sabedoria a moldar e terminar magníficas peças que espalham pelo mundo. E os sons diferentes, múltiplos dos trabalhos sofisticados e precisos desta pequena multidão que devolve à prata o seu brilho único”, partilha João Botelho. “Fico contente por saber que existe em Portugal esta fábrica e que existe esta gente”, acrescenta.

Para a Topázio o objectivo era eternizar a maior riqueza da marca: a mestria dos artesãos. “O nosso maior capital é, sem dúvida, o humano. A Topázio vive há 140 anos da sabedoria e do perfeccionismo de centenas de artesãos. Ao assinalar o 140º aniversário, era para nós imprescindível homenagear e enaltecer as centenas de homens e mulheres que trabalham para que os produtos Topázio sejam símbolos de requinte e autenticidade”, realça Maria do Rosário Pinto Correia, administradora da marca centenária, com fábrica em Gondomar.

O filme, com cerca de cinco minutos, percorre as várias fases da produção da Topázio, dando a conhecer, em planos apertados, as mãos e os rostos da fábrica. O som tem um papel predominante no vídeo, transmitindo de forma fiel o ambiente fabril, onde os processos de produção, praticamente todos manuais, orquestram a melodia mágica que transforma o metal bruto em peças requintadas e intemporais.

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