Num comunicado enviado pela Universidade de Aveiro ao VerPortugal lê-se que "no decorrer desta visita da delegação da UA, foram estabelecidas as bases de acordos bilaterais para o desenvolvimento de projetos de investigação conjuntos e estudaram-se mecanismos de apoio à formação de quadros angolanos da área da economia do mar, que poderão passar pelo apoio da UA à instalação da nova Academia de Pescas e de Ciências do Mar do Namibe e pelo acolhimento, em Aveiro, de estudantes de mestrado e doutoramento".
A sessão de abertura contou com a presença da Ministra das Pescas de Angola, Vitória de Barros Neto, da Secretária de Estado do Ensino Superior, Maria Augusta da Silva Martins, dos Diretores Nacionais das Pescas e da Aquicultura, Maria de Lourdes Sardinha e António José da Silva, respetivamente. Pela Universidade de Aveiro estiveram presentes o Osvaldo Rocha Pacheco, Pró-reitor, e o Doutor Rui Miranda Rocha, do Departamento de Biologia.
De referir que Angola tem uma linha de costa de 1.650 quilómetros e uma Zona Económica Exclusiva de 330 mil quilómetros quadrados, mas a economia do mar representa apenas cerca de três por cento do Produto Interno Bruto do país. Por isso, o Governo de Angola considera importante estabelecer a parceria com a Universidade de Aveiro.
À Lusa a Victória de Barros Neto disse ser objetivo de Angola "fazer com que a economia azul se faça de forma coordenada, integrada e sustentável. E aí pensamos que a Universidade de Aveiro tem um papel a desenvolver, pelas suas especialidades e competências no domínio do mar". A Ministra das Pescas acrescentou ainda à Lusa que "essa cooperação poderá passar por projetos de investigação conjunta, a exemplo do que acontece noutros países, por parte da Universidade de Aveiro, como é o caso em Moçambique".
Por seu lado - escreve a Lusa - Osvaldo Pacheco disse que a UA estava disponível para no âmbito desta parceria dar formação a quadros do Ministério das Pescas e prestar apoio científico em problemas concretos.
Importante é esclarecer que a Universidade de Aveiro conta com 50 estudantes de nacionalidade angolana, além de ter em funcionamento uma academia com a petrolífera Sonangol e manter uma parceria com Instituto Superior Politécnico de Benguela.
Na notícia da Lusa lê-se ainda que "o interesse angolano passa ainda pela possibilidade de a universidade portuguesa assegurar 'novas valências' na primeira instituição de ensino superior em Angola dedicada exclusivamente às pescas e ciências do mar. A Academia de Pescas e Ciências do Mar do Namibe, no sul de Angola, recebe na cidade de Moçâmedes, a partir de 2 de maio, os primeiros 540 alunos".
