
A rede de ciclovias é hoje em dia responsável pela transformação de cidades como Paris, Londres e Nova Iorque, todas no caminho de casos como Amesterdão e Copenhaga. Lisboa não escapa à regra e está neste momento a investir cada vez mais num novo traço urbanístico em que a novidade são as ciclovias e o sistema de bicicletas partilhado, o qual já está em fase de experimentação na zona da Expo.
"Esta sessão surge da necessidade de se desconstruir a cultura de bicicleta, isto é, perceber que em muitos casos são uma forma eficaz de resolver problemas sociais urbanos, como o congestionamento de tráfego, a descarbonização da sociedade e desenvolvimento da condição física e melhoria de saúde, mas para isso são necessários investimentos equilibrados que levem ao aumento do número de utilizadores de bicicleta”, refere a professora Ana Santos responsável por este projeto.
Quais são os investimentos urgentes? Que tipo de decisões políticas devem ser implementadas? São algumas das questões guia para dar viabilidade à implementação do uso da bicicleta como veículo pessoal, de forma a promover a intermodalidade de transportes e impulsionar e expandir a mobilidade elétrica, criando uma rota de referência nacional, através da realização do evento “Dar A Volta”, que consiste em fazer de novo o percurso da primeira Volta a Portugal, realizada em abril de 1927.
A conferência recebe vários interlocutores como José Alves Diniz, Presidente da FMH, Augusto Baganha, Presidente do IPDJ e Humberto Ricardo, Adjunto do Secretário de Estado da Juventude e Desporto, e ainda os convidados representantes das entidades que apoiam o projeto “Dar a Volta”, a Comissão Nacional da UNESCO, Comboios de Portugal, a Federação Portuguesa de Ciclismo, a Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de bicicleta e a MUBi - Associação para a Mobilidade Urbana em Bicicleta.