Iguaneye: startup da UP cria calçado inspirado nos índios da Amazónia

Iguaneye. Assim se chama a startup da Universidade do Porto, cujos fundadores se inspiraram nos índios da Amazónia para criar calçado de borracha adaptável a qualquer piso.
:
  

Olivier Taco é o fundador da startup, uma empresa em fase de desenvolvimento, e apresentou a ideia no decorrer do Pitch Day, evento organizado pelo Parque para a Ciência e a Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC). Nesse evento, o empreendedor explicou que o projeto nasceu na sequência de um sonho de infância em que ele desejava, um dia, fabricar sapatilhas.

À Agência Lusa, Olivier Taco, explicou que a início o objetivo era o de criar uma sandália em que o pé ficasse o mais livre possível. No entanto, chegou à conclusão de que apesar dos típicos chinelos de praia darem liberdade ao pé limitam os movimentos. Por isso, ao longo de alguns anos, o designer foi efetuando vários desenhos chegando ao modelo atual. Trata-se de calçado unissexo, disponível nos tamanhos que vão dos 34 aos 43. No futuro, serão fabricados moldes até ao 45.

Segundo a Lusa, o calçado feito em Vila Nova de Gaia, é feito com produto à base de borracha em nove cores diferentes, tanto para o sapato como para as palmilhas que são provenientes de uma empresa da Trofa.

A palmilha é em cortiça e pele. Tem a propriedade de absorver a transpiração e, por baixo da mesma, existe um sistema próprio que permite a entrada de ar, fazendo com que a palmilha seque e o pé não fica molhado no calçado.

Olivier Taco explicou ainda à agência de notícias que o nome Iguaneye é inspirado na história dos índios da Amazónia, que utilizavam roupas impermeabilizadas, feitas de borracha, antes mesmo de este material ter chegado para à Europa. "Os índios mergulhavam os pés diretamente na borracha para fazer uma proteção, uma segunda pele, no que pode ser considerado as primeiras sapatilhas", acrescentou.

Importante é ainda acrescentar que o designer empreendedor teve o impulso para a criar a 'startup' na sequência da de uma plataforma de 'crowfunding', onde vendeu mais de 800 pares num mês.

Neste momento o calçado é comercializado no Japão, nos Estados Unidos, na Áustria, na Noruega, na Tailândia, na Polónia e na República Checa.

Mais nesta secção

Mais Lidas