CMU Portugal já impulsionou internacionalização de 12 startups

Em dez anos de presença nacional, o programa Carnegie Mellon Portugal (CMU Portugal), financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, já impulsionou a internacionalização de 12 startups na área das Tecnologias de Informação e Comunicação devido às ferramentas que disponibiliza aos empreendedores portugueses, entre as quais, o inRes – Entrepreneurship in Residence, cujas candidaturas estão a decorrer até ao início de maio. Para dar a conhecer este programa, é organizada uma sessão de esclarecimento no dia 12 de abril, às 14h30, na Startup Lisboa (Rua da Prata, 80 – 1100-420 Lisboa). As inscrições decorrem através do link http://bit.ly/2017inResStartupLisboa.
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Trata-se de uma oportunidade, também, de conhecer os resultados da experiência imersiva dos antigos participantes, incluindo das equipas de 2016, que estiveram - durante seis a sete semanas - nos Estados Unidos da América. Nas três edições passadas, o inRes já levou 12 equipas aos EUA, permitindo-lhes estabelecer contactos com os ecossistemas tecnológicos e de empreendedorismo locais, através de reuniões com empresas, a interação com aceleradores e a apresentação in loco a potenciais utilizadores, parceiros e investidores, em Pittsburgh e em Silicon Valley.

Uma das equipas de 2016 é a Bio Boards, empresa de skateboards sedeada no Porto, que sobre o inRes afirma que “foram muitos contactos, muitas experiências novas e, principalmente, novas ideias. A gestão dos contatos inRes passou a ser natural, uma vez que muitos deles passaram a ser colaboradores e/ou parceiros do nosso projeto”. Com base nos conhecimentos adquiridos, os produtos foram remodelados e preparados para escalabilidade e foram estabelecidas parcerias estratégicas, algumas das quais, impulsionaram o desenvolvimento de novos produtos (a empresa está a criar, para a Mercedes Benz, um sensor para envio de informações, em tempo real, sobre a performance do surf). “O pós-inRes é um contínuo”, reforça a equipa. A Bio Boards vai lançar em breve uma campanha de crowdfunding, cuja informação vai estar disponível no site da empresa em www.bio-boards.net.

Outro exemplo é o da Helppier, uma ferramenta de suporte online que permite criar tutoriais interativos que, após a experiência inRes, encontra-se a desenvolver o seu produto junto de grandes empresas - portuguesas e internacionais - da área das telecomunicações e e-Commerce.  “O contacto com novas ideias e dinâmicas, o feedback dos mentores e profissionais, juntamente com o networking com outras empresas, foram parte crucial no recente sucesso e progresso da Helppier. A experiência inRes e a imersão nos EUA constituíram o palco ideal onde desenvolvemos uma nova perspetiva do mundo das tecnologias e das empresas que nos ajudam diariamente na procura de novos mercados e na reformulação do nosso modelo de negócio”, afirma a equipa. A rede de contactos estabelecida durante a imersão nos EUA permitiu-lhes também a presença em eventos internacionais do setor dos negócios digitais, aumentando as perspetivas de captar investidores, novos mercados e desenvolver novos produtos. Informação adicional disponível em http://www.helppier.com/pt/.

O inRes é uma iniciativa do Programa CMU Portugal, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e apoiado pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, organizada em parceria com a CMU, a Pittsburgh Regional Alliance e o INESC TEC.

Adicionalmente, entre as startups que nasceram no âmbito do Programa e que levantaram um financiamento de capital de risco total de mais de 67 milhões de dólares (Dognaedis, Feedzai, Geolink, Mambu, Orange Bird, Prisma, RedLight Software, Sentilant, Streambolico, Veniam e Virtual Traffic Lights), estão empresas que constituem já referências. A título de exemplo, a Feedzai, que atua na prevenção de fraude em pagamentos eletrónicos, voltou a ser colocada, pelo segundo ano consecutivo, na lista da Tech Tour que destaca as 50 empresas com maior potencial e crescimento na Europa.

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