
América é um dos mercados que está nos horizontes da Gramafam.
Pioneira no país a oferecer a possibilidade de utilização de pedra com papel reciclado em superfícies arquitetónicas, a Gramafam está apostada em potenciar cada vez mais o uso de materiais sustentáveis no sector da construção. Aliás, em nome da sustentabilidade ambiental, o recurso a pedra industrial, fabricada com recurso a materiais naturais, já representa 70 por cento da facturação da empresa.
Novas superfícies com soluções inovadoras e amigas do ambiente, em que a tecnologia e a qualidade imperam, ganham assim terreno na atividade da empresa. “O futuro das novas gerações precisa de estar assegurado e a Gramafam está comprometida com este princípio”, disse o sócio-gerente Rui Rodrigues, a quarta geração da família e o responsável por este novo caminho que está a ser trilhado.
Esta perspicácia com o aproveitamento e a utilização de materiais sustentáveis valeu à empresa o prémio para a construção mais inovadora do ano no concurso internacional para cidade do futuro organizado em 2014 pela Europe Business Assembly de Oxford de Londres. O projecto resultou de um consórcio que juntou a Gramafam, a EcoPaint, a Amorim, a Secil e a Quimidois, empresas que contribuíram com materiais e saber-fazer para tornar habitável e confortável um contentor de carga marítimo em fim de vida.
América no horizonte
A estratégia de crescimento da Gramafam está também assente no desenvolvimento da arquitectura contemporânea através da introdução de sensores nos materiais de revestimentos. A empresa famalicense já começou a trabalhar neste projecto de domótica com a Universidade de Minho e outros parceiros e que será apresentado em breve. “Num futuro próximo os espaços habitáveis irão reconhecer os seus utilizadores e serão controlados à distância”, explicou Rui Rodrigues.
Com um volume de negócios de dois milhões de euros em 2014 e 28 colaboradores, a Gramafam vende para o exterior 80 por centp do que produz. Está presente em países da Europa e África e quer chegar também ao continente americano. Neste momento decorrem relações comerciais com um parceiro em S. Paulo, Brasil. “Gostaríamos de ser a primeira empresa portuguesa do sector a operar em três continentes. Seria um enorme orgulho para nós”, sublinhou.
O reforço da internacionalização faz parte de um plano de crescimento que prevê a contratação de mais 15 pessoas nos próximos meses e a expansão e modernização da capacidade instalada em infraestruturas e tecnologia. O objectivo é duplicar a facturação para os quatro milhões de euros até 2017.
O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão referiu-se à Gramafam como uma empresa que “soube associar a tradição à modernidade com solidez e perspicácia”. Paulo Cunha destacou a empresa como um exemplo de coragem ao conseguir afirmar-se no país e no estrangeiro a partir de um concelho que não tem tradição no sector, sendo hoje “única e original naquilo que faz”.
Para o autarca a Gramafam é por isso também uma empresa que “afirma a diversidade industrial” do território famalicense. “A sua presença e força vêm reforçar a ideia de que a heterogeneidade nos diferentes sectores industriais é uma marca do nosso concelho”, argumentou, enaltecendo ainda a ambição de crescimento com a consequente criação de novos postos de trabalho.