Airbus de olhos postos em estudante do ISEP

Humberto Carvalho. Este é o nome do aluno do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) que desenvolveu um projeto intitulado “Implementação de Referência de uma Arquitetura de Monitorização para Sistemas de Tempo Real de Alta Criticalidade”. Por causa do projeto desenvolvido no âmbito da unidade curricular de Projeto/Estágio do terceiro ano do curso de Engenharia Informática a líder na construção de aviões, Airbus, está de olhos postos nele e no projeto que o estudante desenvolveu com a ajuda de Eduardo Tovar obtendo a classificação de 20 valores.
:
  

No site do ISEP lê-se que "a ideia para o projeto surgiu da necessidade de se criar um sistema de monitorização para sistemas de tempo real, de forma a alcançar-se uma redução do risco de erros informáticos graves, bem como aumentar a segurança". “A informática está a apoderar-se de tudo à nossa volta, não sendo difícil encontrar exemplos que comprovem este facto. Por exemplo, as indústrias automóveis, aeronáuticas e nucleares são fortemente computorizadas. No contexto destes setores, os sistemas informáticos categorizam-se como sistemas de tempo real de alta criticalidade, a este nível uma falha pode ter consequências catastróficas”,  disse o estudante ao jornal da instituição de ensino superior que frequenta.

Na mesma notícia lê-se que "a funcionalidade esperada dos sistemas críticos tem vindo a aumentar consideravelmente como no caso dos automóveis autónomos, que requerem um maior poder de computação". As "abordagens tradicionais revelam-se insuficientes, forçando a sucessivas otimizações que tornam o sistema menos previsível e mais difícil de modelar, dificultando o processo de certificação onde é provado que todos os requisitos funcionais e não funcionais são cumpridos em todas as circunstâncias que comprometem a segurança do sistema”, esclarece o estudante dando nota de que "uma resposta para superar este problema passa por calcular cenários probabilísticos ao invés de cenários de pior caso, que são extremamente irrealistas. Contudo, por muito baixas que sejam as probabilidades, é possível um sistema falhar em raras, mas possíveis circunstâncias. Torna-se necessário verificar em tempo de execução que o sistema se comporta como previsto”.

O ISEP escreve ainda que "o projeto foca-se, sobretudo, na área de monitorização, sendo as aplicações submetidas a uma constante verificação; caso sejam detetados desvios, estes geram relatórios e lançam contramedidas com o intuito de manter o sistema coerente". "São mais do que uma solução eficiente para detetar deficiências num sistema, são guardiões que podem reagir em tempo real”, destacou Humberto Carvalho ao ISEP.

Mais nesta secção

Mais Lidas