Life in a Bag: internacionalização, novos produtos e postos de trabalho

Ainda é uma criança, mas a verdade é que a Life in a Bag, projeto de dois empreendedores de Vila Nova de Famalicão que pretende inspirar e incentivar as pessoas a cultivar os seus próprios alimentos em espaços reduzidos e com materiais reutilizáveis, está a crescer de forma sustentada e a olhos vistos. Arrancou com ervas aromáticas e flores e, agora já comercializa tomate cereja, morango e feijão. Mas há novos produtos prestes a serem colocados no mercado que já não é só português. Os produtos já passaram fronteiras e a marca já conseguiu criar postos de trabalho.
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Alexandra e Pedro, mentores do projeto Life in a Bag, sempre tiveram gosto pelo pela terra e por isso, há seis anos o casal de Vila Nova de Famalicão iniciou uma horta no jardim de sua casa estava longe de imaginar que este passatempo se viria a tornar no projecto das suas vidas.

As experiências que, Alexandra Silva (designer de profissão) e Pedro Veloso (engenheiro informático), foram realizando tiveram sucesso pelo que, tendo por base o espirito empreendedor, começaram a pensar numa forma de incentivar as pessoas a cultivarem os seus próprios alimentos.

Nasceu o Life in a Bag. Uma empresa que já exporta para Bélgica, Reino Unido, Espanha, França, Alemanha e Angola. O projeto nasceu com ervas aromáticas e flores. Agora, já é possível cultivar, dentro de casa e todo o ano, tomate cereja, feijão e morangos. Este último é o mais recente produto da Life in a Bag. 

"Oferecemos produtos que permitem criar uma horta de ervas aromáticas e microvegetais biológicos dentro de casa, possibilitando dessa forma, uma alimentação mais saudável e amiga do ambiente. Os morangos, por exemplo, não são frutos tão difíceis de se cultivar porque, dentro de casa, existe a temperatura ideal para que os frutos possam germinar e crescer”, explica Alexandra Silva. Os morangos estão disponíveis em duas versões: Grow Bag e Potes de Cortiça

"O feedback tem sido muito gratificante" - refere Alexandra Silva dando nota de que "são muitos os pedidos de esclarecimento e as dúvidas apresentadas por quem compra os nossos produtos. Mas apesar de em todas as embalagens seguirem as instruções, a Life in a Bag, tem um consultório online, através do qual consegue retirar as dúvidas e ajudar mesmo aqueles que não percebem muito de agricultura".

Outra das novidades do projeto, face ao crescimento sustentado, é a criação de postos de trabalho. Alexandra já se dedicava a tempo inteiro à Life in a Bag. Já havia criado um posto de trabalho e, a partir de Setembro, o marido também vai deixar a engenharia informática para se dedicar a 100 por cento à empresa que "se continuar a crescer, e espero bem que sim, terá de pensar em alargar as instalações e contratar mais pessoas até porque todo o processo de fabrico é feito de forma manual".

Para o crescimento sustentado da empresa o investimento feito tem sido elevado. "Começamos com um investimento pequeno mas a verdade é que grande parte do dinheiro que entra em casa é para investir na divulgação dos produtos bem como na investigação e mesmo na participação em feiras" - acrescenta a empreendedora. 

Os pontos de venda dos produtos Life in a Bag também têm aumentado. Em Portugal Continental e ilhas são cerca de 80 os locais onde se pode comprar um exemplar. A loja online é outro dos espaços comerciais. "Depois são vários os comerciantes a venderem no estrangeiro e, no centro de Luanda, os produtos podem ser encontrados na loja Box & Go" - explica Alexandra Silva.

Para além dos morangos, feijão e tomates, existem sacos para cultivo de ervas aromáticas e flores comestíveis, o Grow Bag - salsa, coentros, manjericão e rúcula, beldroegas, canónigos, baby leaf mix, calêndulas e chagas ou capuchinhas (como são conhecidas em Portugal) – e caixas para microvegetais, a Grow Box – rabanete, brócolo e rúcula ou agrião, beterraba, brócolos ou mizuna. A dupla utiliza uma caixa de aço com tampa de cortiça, sacos impermeáveis de papel kraft, substrato e sementes biológicas.

Existe também o Grow Cork, “um pote totalmente em cortiça, bolas de argila, uma embalagem com substrato, um pacote de sementes biológicas e instruções. Permite cultivar, em poucos dias e de forma muito fácil, ervas aromáticas e flores comestíveis”, explica Alexandra.

Até ao final do ano entra no mercado outra novidade. "Um produto, já pensado e praticamente idealizado, em que não será necessária uma rega assídua. É um produto que será colocado no mercado a pensar nos que se esquecem de regar as plantas. São microvegetais que germinam num gel biológico à base de algas. Portanto, é possível ir de férias duas semanas e quando chegar...é só colher a salada pronta a consumir" - explica a mentora.

O projeto nasceu, como que por brincadeira. Mas a verdade é que Alexandra Silva diz sentir-se empreendedora e muito feliz por ter criado o seu próprio trabalho e estar a contribuir, de alguma forma, para a diminuição do desemprego.

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