Dom Rafael: clássico alentejano com novas colheitas

As novas colheitas Dom Rafael Tinto 2012 e Dom Rafael Branco 2014 são as primeiras a sair este ano da adega centenária Herdade do Mouchão. Dois clássicos alentejanos com perfil jovem e contemporâneo, perfeito para as refeições do dia-a-dia.
SERGIO FERREIRA:
    SERGIO FERREIRA

A Herdade do Mouchão, uma das mais antigas e tradicionais adegas alentejanas, abre pela primeira vez este ano as portas da adega para a apresentação das novas colheitas de Dom Rafael. Com uma elevada aptidão gastronómica, são vinhos frescos, frutados e aromáticos, prontos a beber.

Dom Rafael Tinto 2012, o vinho tinto engarrafado mais jovem da Herdade do Mouchão, é o resultado da combinação da inimitável casta Alicante Bouschet, a qual encontrou no Mouchão a sua primeira casa em Portugal, com as castas Aragonêz e Trincadeira. Este vinho é caraterizado pela intensa cor granada que revela desde logo aromas a fruta em compota e especiaria compondo um conjunto equilibrado. Macio no início evolui para um vinho encorpado na boca assente em sólidos e sedosos taninos. Ideal para acompanhar pratos de peixe assado ou carnes grelhadas acompanhados de vegetais.

Pleno de juventude, Dom Rafael Branco 2014 é a sugestão assumida do produtor para os dias quentes da nova estação. Elaborado a partir das castas Antão Vaz e Arinto, é fermentado em cubas de aço inoxidável a baixas temperaturas e engarrafado cedo para preservar todas as suas características de aromas citrinos e mineralidade. Um vinho persistente e irreverente que harmoniza com petiscos de paio, queijo de ovelha semi curado e azeitonas, mariscos, peixes grelhados ou salmão fumado.

Estes vinhos, fiéis à filosofia do produtor, foram lançados pela primeira vez há 25 anos em homenagem a Raphael Reynolds, membro pioneiro na Herdade do Mouchão. Com perfil jovem e contemporâneo, os vinhos Dom Rafael são a companhia perfeita para refeições leves e momentos descontraídos.

A história da Herdade do Mouchão remonta ao início do século XIX, altura em que a família migrou para o Alto Alentejo para desenvolver o negócio da cortiça. Três gerações depois, John Reynolds e Isabel Bastos Reynolds adquiriram a propriedade de 960 hectares, denominada Herdade do Mouchão, que até então tinha sido arrendada pela empresa da família. Aqui, à actividade corticeira a família acabou por adicionar a produção de vinhos, trazendo de França para o Alentejo as primeiras plantas da famosa casta Alicante Bouschet.

Mais de um século após a sua fundação, e depois de ter recuperado das expropriações agrícolas que ocorreram após a revolução de 1974, a Herdade do Mouchão continua na posse da mesma família, com a mesma paixão e determinação de sempre.

Todo o processo de vinificação se mantém praticamente o mesmo desde a primeira vindima, preservando a tradição da apanha à mão, a fermentação das uvas em lagares de pedra com pisa a pé. Num mundo enológico em constante evolução, a Herdade do Mouchão mantém-se como sempre foi: com um pé na tradição e outro na modernidade.

 

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