
Corria o ano de 2008 quando dois primos, José Luís Rebelo e Pedro Amaral, que já haviam passado a barreira dos 40 anos resolveram investir e criar o próprio emprego. A área? Compra e venda de consumíveis hospitalares. Se a área escolhida era novidade Pedro Amaral que havia dedicado parte da vida a funções de diretor comercial da Mercedes, para José Luís Rebelo não havia muito para descobrir porque toda a vida havia sido dedicada à área comercial do setor.
Os dois disponibilizaram cerca de 50 mil euros para viajar até à República Checa, país onde negociaram com a líder na produção e distribuição de artigos médicos e de higiene na Europa Central, a Batist Medical. A viagem aconteceu no início de 2008 sendo que em agosto desse ano, chegou a Matosinhos o primeiro carregamento de produtos para serem revendidos pela DocWorld.
Os produtos - explica ao VerPortugal Pedro Amaral- começaram a ser vendidos, numa primeira fase, a clínicas e hospitais privados. Depois, "ganhamos o concurso dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e, actualmente abastecemos Portugal de norte a sul" - acrecenta um dos administradores da empresa que já dá emprego a uma dezena de pessoas e, espera aumentar, a curto prazo, o número de funcionários.
A empresa não se distingue só pelo fato de ter sido criada por dois desempregados que investiram economias e recorreram, no início da actividade, diversas vezes a familiares para poder dar andamento ao projeto. "Aqui, para se contratar um novo funcionário não é tida em conta a idade e muito menos as habilitações académicas. Apenas a vontade de trabalhar" - acrescenta Pedro Amaral deixando bem claro que "a politica desta empresa vai continuar a ser a de ajudar quem precisa".
A empresa foi criada em 2008 mas a internacionalização aconteceu pouco tempo depois. Para além de abastecer Portugal, o ano passado, criou a Docworld Espanha, em Santiago de Compostela. Em Espanha, apenas com um delegado já fatura 20 mil euros ao mês. Para além dos produtos serem comercializados na Península Ibérica, Angola é um dos mais recentes mercados para onde já são vendidos milhares de euros em artigos.
Entretanto, estão a ser efetuados contatos para que, a curto prazo, comecem a ser enviados produtos também para Marrocos e Cuba. Em negociação está, também, uma parceria para a distribuição dos seus produtos às farmácias, o que, a verificar-se, permitirá antecipar para 2017 a meta de vendas dos 12 milhões de euros estabelecida para 2020.