Perante as crescentes tentativas de práticas fraudulentas no setor, nomeadamente a falsificação de vinhos valiosos, importa conceber métodos rápidos e fiáveis que permitam detetar essas situações. Daí o empenhamento da Sogrape Vinhos neste projeto inovador, no qual é a única empresa a integrar o consórcio do projeto, que conta ainda com diversas instituições académicas e científicas portuguesas, nomeadamente a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) ou o Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa.
O WineBioCode, refere a AICEP, pretende aliar a utilização de um sistema de deteção de castas baseado no seu ADN, ideal para laboratórios biomoleculares avançados, com um biossensor ótico que fornece uma identificação varietal precisa, fiável e fácil de usar, ideal para utilização industrial, permitindo assim discriminar a origem geográfica do vinho.
Esta pesquisa, na qual o envolvimento da Sogrape Vinhos foi apoiado financeiramente pela Fundação Para a Ciência e Tecnologia (FCT) através do projeto “Desenvolvimento de biossensor para a identificação do Vinho da Região do Douro”, será completada com estudos futuros que visam, nomeadamente, a miniaturização do biossensor ótico, a melhoria da preparação da amostra de ADN para utilização portátil no terreno e o desenvolvimento do método de identificação para genótipos dentro de cada casta (“clones”).