Oferta formativa da UA alarga-se a mais de centena e meia de cursos

Mestrado Integrado em Engenharia Computacional; Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica; e Licenciatura em Tecnologia e Sistemas de Produção. São estes os três novos cursos de formação inicial que a Universidade de Aveiro (UA) vai oferecer já a partir do próximo ano letivo. Ao nível do primeiro Ciclo de estudos superiores, a UA passará também a ministrar a licenciatura em Geologia, em substituição da licenciatura em Engenharia Geológica, e o Mestrado Integrado em Engenharia de Materiais, em substituição da licenciatura em Engenharia de Materiais. Há ainda duas licenciaturas que, tendo sido reestruturadas, assumirão novas designações: ‘Design do Produto e Tecnologia’ e ‘Secretariado e Comunicação Empresarial’. A oferta formativa da UA passa assim a integrar 50 cursos superiores de primeiro ciclo (licenciaturas e mestrados integrados), 59 mestrados e cursos de especialização, 36 programas doutorais, oito cursos de formação avançada e 15 cursos técnico superior profissionais.
Vitor dos Santos Teixeira:
    Vitor dos Santos Teixeira

"Na Universidade de Aveiro temos uma preocupação constante com a qualidade, pertinência e atratividade dos nossos cursos. Por isso, fazemos regularmente reestruturações pontuais da oferta, propondo novos cursos e atualizando os existentes. Esta preocupação constante tem permitido que a UA se mantenha, ao longo dos anos, entre as universidades portuguesas mais procuradas pelos estudantes e que asseguram melhores taxas de empregabilidade”, afirma o Vice-Reitor, Gonçalo Paiva Dias.

No próximo ano letivo, ao nível do primeiro ciclo de estudos superiores, a UA abrirá vagas em 50 cursos, sendo 10 mestrados integrados e 25 licenciaturas em meio universitário e 15 licenciaturas da responsabilidade das suas escolas politécnicas.

Engenharia Computacional: é único no país. O Mestrado Integrado em Engenharia Computacional destina-se a formar profissionais que queiram trabalhar em áreas científicas e tecnológicas onde a modelação e simulação computacional, ou a análise e o tratamento de grandes quantidades de dados usando algoritmos computacionais sofisticados sejam determinantes. 

Este curso visa, assim, formar profissionais capazes de desenvolver e utilizar software que estude, modele e simule fenómenos e processos naturais, tendo em vista o desenvolvimento de novos produtos industriais e a procura de soluções em engenharia.

Através de uma formação de base estruturante em física, matemática e informática, uma escolha criteriosa das disciplinas de opção e a seleção de temas para trabalhos de projeto (no terceiro ano) e tese de mestrado (no quinto ano) orientados por docentes de departamentos adequados, os formandos poderão trabalhar na indústria ótica e fotónica; automóvel e aeroespacial; metalomecânica; química e farmacêutica; de software, de jogos de computador e animação gráfica; de semicondutores; de petroquímica; de moldes ou ainda no desenvolvimento de novos materiais ou no setor da banca e seguradoras.

No final dos cinco anos de formação, estes novos profissionais estarão aptos a trabalhar também na área da consultadoria, por exemplo em empresas para prospeção de dados da internet, em logística, marketing digital e investigação em instituições públicas e em laboratórios de I&D privados.

De acordo com o diretor do Departamento de Física, João Miguel Dias, esta primeira formação nacional em Engenharia Computacional segue a tendência mundial que levou à criação com enorme sucesso e grande empregabilidade de cursos de 'Computational Science and Engineering' em países como a Alemanha ou os Estados Unidos da América. 

"O curso procura aliar o profundo conhecimento científico atingido na modelação computacional de fenómenos naturais à crescente disponibilidade de softwares que possibilitam a simulação eficiente desses processos e à crescente necessidade encontrada pelas empresas em simular protótipos no processo de conceção e otimização de novos produtos, em alternativa aos processos convencionais de custo muito mais elevado”, explica o docente, acrescentando que o Mestrado Integrado em Engenharia Computacional fornece ainda “uma forte formação em informática e modelação, que permite aos formandos abraçarem as novas problemáticas do mundo digital, onde a disponibilidade de enormes quantidades de dados requer o seu tratamento e modelação para que os mesmos possam ser entendidos e utilizados. Neste sentido, este curso estimula a integração de conhecimento de múltiplas áreas e a capacidade de concretizar projetos de engenharia, estando a sua formação alicerçada em contributos de diversas áreas de especialidade da UA (Física, Informática, Matemática, Ciências Médicas, Engenharia Mecânica, Química, Ambiente, Geociências, etc.), permitindo ao aluno definir um perfil de maior especialização numa destas áreas.”

Engenharia Biomédica: novo é também o Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica. Este programa multidisciplinar procura formar profissionais capazes de encontrar soluções tecnológicas inovadoras para os problemas relacionados com a saúde, em áreas como imagem médica, instrumentação médica; física médica, radioterapia, biodispositivos, biomateriais, processamento e tratamento de sinais biomédicos, bioinformática, gestão de informação médica, etc.; que produzam um efetivo benefício no diagnóstico e tratamento médico, monitorização e controlo clínico e na qualidade de vida em geral. É ainda objetivo que estes profissionais possam contribuir para o desenvolvimento tecnológico e científico no contexto de investigação ao mais alto nível a desenvolver, por exemplo, nas Unidades de Investigação nacionais ou estrangeiras na área da engenharia biomédica.

Nesta formação de cinco anos, os estudantes podem escolher diferentes percursos através das unidades curriculares optativas: Radiação e Imagem Médica; Instrumentação e Dispositivos Biomédicos; Informática Clínica e Bioinformática; e Biomateriais.

Este curso pretende fornecer bases sólidas em ciências de engenharia, em ciências biomédicas de espetro largo e em ciências da especialidade. Nos três primeiros anos é fornecida a formação de base em matemática, física, química, eletrónica, informática, materiais e ciências biomédicas. Os últimos dois anos são dedicados ao estudo mais especializado com uma escolha alargada de Unidade Curriculares optativas.

As parcerias estabelecidas com diferentes instituições de saúde e biomédicas irão permitir uma maior proximidade e interação dos alunos com os setores onde a prática médica e biomédica se desenvolve.

Trata-se de um curso com muita procura e enorme potencial de empregabilidade que a Universidade de Aveiro passa a oferecer graças aos recursos de elevada qualidade que possui nesta área, esclarece João Miguel Dias, adiantando: “uma mais-valia desta nova formação consiste nas parcerias estabelecidas com diferentes instituições de saúde e biomédicas, permitindo uma maior proximidade e interação dos alunos com os setores onde a prática médica e biomédica se desenvolve”.

Os Engenheiros Biomédicos formados pela UA estarão aptos a compreender, modelar e criar sistemas biomédicos complexos, podendo exercer a sua atividade profissional em empresas de equipamento e instrumentação médica; unidades prestadoras de serviços de saúde (Hospitais, Centros de Saúde e Clínicas e Laboratórios Clínicos) nas áreas de física hospitalar, engenharia clínica e manutenção de equipamento; centros de diagnóstico; investigação e desenvolvimento em laboratórios de empresas; empresas de material farmacêutico e indústria farmacêutica e de análises; laboratórios de universidades e institutos públicos; empresas de biomateriais; empresas ligadas à área da saúde: consultoria e prestação de serviços no âmbito do controlo da qualidade de equipamentos e, ainda em investigação em Unidades de Investigação nacionais ou estrangeiras na área da engenharia biomédica.

Tecnologia e Sistemas de Produção: esta licenciatura de três anos, que vai passar a ser ministrada pela Escola Superior Aveiro Norte (ESAN), em Oliveira de Azeméis, vem juntar-se à de Design do Produto e Tecnologia, também lecionada nesta Escola de Ensino Superior Politécnico da UA.

O ciclo de estudos em Tecnologia e Sistemas de Produção, conducente ao grau de licenciado com 180 ECTS, pretende conferir uma formação específica que permita a estes novos profissionais trabalhar em empresas de base tecnológica, industrial ou prestadoras de serviços, vocacionadas para o projeto, construção, programação e implementação de equipamentos e sistemas integrados de produção industrial.

De acordo com o Diretor de Curso, Paulo Lima, esta licenciatura pretende preparar licenciados para um novo paradigma industrial em desenvolvimento na Europa, assente na criação de fábricas inteligentes, com sistemas avançados de produção. “Os estudantes irão ao longo do curso adquirir conhecimentos e competências práticas na área da automação, robótica e informática industrial, instrumentação e controlo, e do fabrico assistido por computador. Os licenciados poderão desenvolver a sua atividade em empresas de base tecnológica e industrial vocacionadas para o projeto, construção, programação e implementação de equipamentos e sistemas integrados de produção industrial”.

A oferta formativa da Universidade de Aveiro pode ser consultada em http://www.ua.pt/ensino

                                                                                                                                             

 

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