Doutorando do CMU Portugal vence prémio internacional em Itália

Filipe Condessa, estudante de doutoramento Instituto Superior Técnico (IST) e na Carnegie Mellon University (CMU), venceu o primeiro prémio para estudantes no Simpósio Internacional de Geociência e Deteção Remota (IGARSS 2015), o principal evento mundial nesta área científica.
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O doutorando de grau dual no Instituto Superior Técnico (IST) e na Carnegie Mellon University (CMU), no âmbito do Programa Carnegie Mellon Portugal (CMU Portugal) venceu o 2015 Mikio Takagi com a sua tese “Supervised Hyperspectal Image Classification with Rejection”, que remete para um novo sistema de classificação de imagens de grande dimensão.  O trabalho de Filipe Condessa foi selecionado por um painel de 50 peritos internacionais entre 99 teses submetidas.

A tese vencedora foi escrita por Filipe Condessa em conjunto com os seus orientadores de doutoramento, José Bioucas-Dias, do IST, e Jelena Kovačević, da CMU. Neste trabalho, os autores propõem um novo modelo de classificação de imagens de grande dimensão, como por exemplo de imagens recolhidas através de um satélite ou através de aeronaves, explica a CMU em comunicado remetido ao VerPortugal.

Este sistema permitirá “melhorar não só o desempenho de classificação, mas também criar um procedimento seletivo que aproveita informação de contexto para minimizar erros”, explica Filipe Condessa, acrescentando que “este aspeto permite tornar o modelo distintivo no contexto científico, e permite resultados e comportamentos muito interessantes, em detrimento de uma maior complexidade do modelo”.

“É ótimo receber este reconhecimento por parte da comunidade”, orgulha-se o estudante de 26 anos. No quarto ano de doutoramento de grau dual em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (ECE) no âmbito do Programa CMU Portugal, Filipe Condessa reforça a relevância deste prémio, não só pelo contexto internacional e pela grande visibilidade junto da comunidade, mas também por poder representar neste evento as suas “duas casas”: a CMU e o IST. “É muito bom e reconfortante poder retribuir a confiança que a CMU e o IST-UL, e os meus orientadores me têm dado ao longo dos últimos quatro anos”.

Atualmente, e no âmbito do seu doutoramento, Filipe Condessa investiga sistemas de classificação robustos usando rejeição e contexto aplicados à classificação de imagens, um tema muito relevante nas mais diferentes áreas, mas que se coloca no contexto científico como um desafio cada vez mais complexo.

O Simpósio Internacional de Geociência e Detecção Remota (International Geoscience and Remote Sensing Symposium 2015 - IGARSS 2015) realizou-se em Milão, Itália. Organizado pela Sociedade de Geociência e Detecção Remota do IEEE, este é o maior evento mundial nesta área científica, o que potencia a troca de ideias sobre o que está a ser investigado e quais as grandes tendências para o futuro. 

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