
No que toca aos brancos da colheita de 2014, foram já milhares as referências, provenientes de todo o Mundo, que a WS tem vindo a provar. No total, apenas 15 vinhos obtiveram pontuações entre os 93 (‘Poeira branco 2014’) e os 96 pontos (nota máxima nos brancos de 2014), sendo este néctar da Quinta do Poeira o único português.
Excelentes notícias para o enólogo Jorge Moreira, ainda mais quando recebidas em vésperas de celebrar 20 vindimas e 20 anos a desenhar e criar néctares no Douro (e mais recentemente também no Dão, com a marca M.O.B.). Enólogo na Real Companhia Velha e na Quinta de la Rosa, Jorge Moreira tem, desde 2001, na Quinta do Poeira o seu projecto pessoal. Um projecto de família cuja gestão é partilhada com a sua mulher, Olga Martins, também ela enóloga de formação e a trabalhar no sector como CEO da Lavradores de Feitoria.
O 'Poeira branco 2014’ é a terceira edição (antecederam-se 2012 e 2013) de um vinho bastante peculiar: um monocasta de Alvarinho, feito 100 por cento a partir desta que é uma variedade típica da região dos Vinhos Verdes. Plantada na Quinta do Poeira – propriedade situada em Provesende, em pleno Douro Vinhateiro –, dá origem a néctares em que as características do terroir duriense se impõem.
Segundo as palavras do próprio enólogo Jorge Moreira, “este vinho é um exemplo da diversidade do Douro. É o concretizar de um sonho e a prova de que mesmo nos locais de maior tradição vale a pena inovar e arriscar quando se acredita. Mais do que um Alvarinho, é um vinho da Quinta do Poeira, em tudo semelhante aos seus irmãos tintos”.
Um branco de “sombra”, com uvas provenientes de uma vinha plantada em encosta com exposição norte e muito protegida do sol. Foi vinificado em barricas de carvalho francês de 500 litros e com estágio de oito meses em madeira e um ano em garrafa. O ‘Poeira branco 2014’ deu origem a cerca de 2.500 garrafas, com um preço de venda ao público de 30 euros.