
Sob o mote ‘Selecção Especial da Adega Particular’, a Quinta de la Rosa está a apostar no relançamento de vinhos de colheitas antigas. Vinhos que deram prazer a beber quando lançados, mas que têm vindo a evoluir de forma bastante sedutora em garrafa, revelando-se ainda mais prazerosos na prova actual. Vinhos praticamente inexistentes. A verdade é que o mercado tem sede "das colheitas mais recentes” (dinâmica que o que começa a mudar) e são muito poucos os consumidores que têm disponibilidade para comprar vinhos para guardar. Assim, cabe aos produtores guardarem algumas garrafas, em excelentes condições, relançando-as anos mais tarde. Um papel didáctico, que lhes permite confirmar o potencial de evolução e guarda dos seus vinhos, dando igualmente a oportunidade ao consumidor de o percepcionar.
Para dar o pontapé de saída a este conceito, a Quinta de la Rosa elegeu um branco (Quinta de la Rosa) e um tinto (Passagem), ambos da mítica colheita de 2011. Um branco com idade? Sim, porque nem só de grandes e longevos tintos se faz o Douro. Neste Vale nascem vinhos com características de excelência para evoluírem e melhorarem com o tempo de estágio em garrafa. A conceituada crítica de vinhos Jancis Robinson é uma grande defensora desta “verdade”.
Com a assinatura do enólogo Jorge Moreira, os brancos da Quinta de la Rosa são néctares com muita frescura, acidez e mineralidade, encaixando na perfeição no perfil de “vinhos de guarda”, que melhoram com a idade. A prová-lo e a dar o “corpo ao manifesto” está o ‘Quinta de la Rosa Reserva branco 2011’ – referência que foi alvo de rebranding na colheita de 2015: quer no nome, agora ‘La Rosa Reserva branco’; quer na imagem, que acompanhou a do ‘La Rosa Reserva tinto’.
O ‘Passagem Reserva 2011’ foi o tinto eleito para se estrear na ‘Selecção Especial da Adega Particular’. Um grande e sedutor vinho que não tem origem na Quinta de la Rosa, junto ao Pinhão, mas na Quinta das Bandeiras, situada em frente ao Vale Meão, no concelho de Torre de Moncorvo, sub-região do Douro Superior. Um projecto que nasceu em 2005 e que junta a família Bergqvist, proprietária da Quinta de la Rosa, com o seu enólogo, numa joint venture 50:50. Daqui e com a marca ‘Passagem’, Jorge Moreira pode engarrafar um Douro mais frutado, aromático e expressivo, em oposição ao mineral e elegante Douro da Quinta de la Rosa.
O próximo "revival” é uma edição muito especial e exclusiva. Não se trata de um, mas três tintos da colheita de 2005, sendo que dois deles são vinhos únicos. São eles o ‘La Rosa Vale do Inferno’ (que teve ma segunda edição em 2011 e que vai ter a de 2014, mas com características diferentes porque esta primeira edição era de Vinha Velha, o que não acontece com as edições seguintes), o ‘La Rosa Cerejinha’ e o ‘La Rosa Reserva’, nascidos no seio do projecto ‘La Rosa Trio Tasting Experience 2005’, uma ideia do enólogo Jorge Moreira.