A antiga fábrica de fundição foi adquirida em regime de co-propriedade pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, pela Artemave – entidade proprietária da Artave, e pelo Instituto de Formação Artística do Vale do Ave (Inforatis – entidade associada da Artave), com o objetivo de aí criar um Campus do Ensino Profissional e Artístico. As escrituras públicas foram celebradas na tarde de ontem, nos Paços do Concelho.
De acordo com os documentos, a autarquia adquiriu um total de 841 metros quadrados pelo valor de 217 mil euros. Por sua vez, a Artemave e Inforatis adquiriram cerca de 3500 metros quadrados pelo valor aproximado de 600 mil euros, repartidos em partes iguais pelas duas entidades.
Com esta medida, a Câmara Municipal de Famalicão que, tem vindo a apostar numa política de revalorização urbana, protegendo o património histórico citadino e apoiando investimentos de recuperação dos edifícios que fazem parte da memória famalicense, dá também um passo em frente na formação profissional e artística dos famalicenses.
As obras de construção do Campus do Ensino Profissional e Artístico de Vila Nova de Famalicão devem avançar para o terreno durante o segundo semestre de 2018. Composto por salas de aula, zonas administrativas e zonas de auditórios, a estrutura abre-se à cidade com um espaço de receção amplo e acessível que preserva vários elementos históricos do edifício relacionando-se com as pessoas e habitantes de Famalicão.
Entretanto, a autarquia pretende também instalar no local o Centro Qualifica de Vila Nova de Famalicão (antigo CQUEP).
De acordo com o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, "a aquisição deste imóvel do património coletivo, que tem uma história que diz muito aos famalicenses cumpre um papel fundamental na reabilitação e valorização do nosso centro urbano”.
Para além disso, a sua "localização privilegiada que se situa no centro da cidade, mesmo ao lado da zona escolar, onde se encontram já a Escolas Secundárias D. Sancho I, Camilo Castelo Branco e Escola Júlio Brandão vai também permitir a concentração na mesma zona diversos serviços relacionados com a formação profissional”, acrescenta.
Por outro lado, ao fazer este investimento "é intenção da autarquia evitar que outros, nomeadamente projetos privados, tomem conta daquele espaço histórico para o concelho”, esclareceu.